Durante o Congresso Brasileiro de Desenvolvimento Humano – Saneamento Total e Dignidade da Pessoa Humana, o presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara, Giovani Cherini (PDT-RS), assinalou que 40% da água produzida no País são desperdiçados.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que para cada R$ 1 investido em saneamento básico, são economizados R$ 4 em saúde, e que o tema tem dimensões muito concretas na saúde. Ele lembrou que as doenças que mais matam no mundo são as cardiovasculares, mas assinalou que os últimos relatórios da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam crescimento ano a ano de mortes por catástrofes como secas prolongadas, maremotos e enchentes. “O saneamento faz parte da construção de um mudo sustentável. Os investimentos estão sendo feitos. A Funasa já está destinando R$ 230 milhões para levar água para regiões do semiárido, por exemplo”, declarou.
Cherini disse ainda que apenas 43% dos municípios brasileiros têm acesso a saneamento básico, e apenas 1/3 conta com esgoto tratado. “A falta de saneamento é a causa do surgimento de 80% das doenças que atingem a população mais carente. São necessários pelo menos 20 anos para universalizar o saneamento básico no País, se houver aumento nos investimentos”, alertou.
Cidades grandes sem saneamento
O primeiro-vice-presidente da comissão, Oziel Oliveira (PDT-BA), chamou a atenção para as cidades que ainda não contam com saneamento básico. Ele citou Barreiras, na Bahia, que tem 120 anos e somente agora passa a contar com saneamento. “É uma cidade que faz parte do pólo de desenvolvimento do agronegócio brasileiro e demorou tanto tempo para ter esse benefício. Os investimentos na saúde não podem ser dissociados do saneamento básico. Grandes centros urbanos ainda jogam o esgoto a céu abeto. Um exemplo é o que ocorre em Guarulhos, São Paulo”, disse.
O evento ocorre no auditório da TV Câmara.
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