segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Árvore

O que seria de nós sem as árvores?
Onde nos esconderíamos do sol?
Muitas culturas seriam perdidas.
Dependeríamos de máquinas, porém não seriamos livres.
Não teríamos frutos e toda a terra seria um deserto.
Seriamos consumidos pelo sol.
Não teríamos beleza e nem pássaros, pois onde fariam seus ninhos?
Sem mais nem menos buscaríamos forças em algum planeta vizinho e se achássemos uma semente, poderíamos recomeçar a vida no planeta terra.

Vítor Sousa Mesquita
Postado por VIDA DE MOLEQUE

sábado, 16 de outubro de 2010

Os votos da sustentabilidade

Quase 20 milhões de votos é o saldo de Marina Silva em uma eleição onde os candidatos majoritários praticamente não tocaram no principal assunto do momento, que ilumina o mundo globalizado como uma taboa de salvação crucial para a humanidade.

E o que é sustentabilidade? Porque tanta esperança gerada por esse assunto nos últimos tempos?

No triângulo da sustentabilidade, os vértices apontam para o conceito: Desenvolvimento econômico com responsabilidade social e preservação do meio ambiente, o que nos leva a idéia de que o progresso não pode comprometer a qualidade de vida e a sobrevivência das gerações futuras. Conceito muito simples, porém extremamente complexa sua aplicação prática, pois depende de fatores fundamentais da vida humana. A população atual do globo está acima de 6 bilhões de habitantes e a previsão de esgotamento das condições para geração de alimento por exemplo é de no máximo 9 bilhões, o que nos dá cerca de 30 a 50 anos como tempo crítico para atingirmos esse estado onde o planeta não terá mais como reagir. Alguns cientistas já defendem que a situação é irreversível, que não há mais com deter a degradação e extermínio da espécie humana. O grande filósofo Nietzsche disse o seguinte, “O perigo de nossa civilização. Pertencemos a uma época cuja civilização corre o perigo de ser destruída pelos meios da civilização”. Falou isso a cerca de 100 anos atrás e parece uma profecia e foi ele exatamente quem disse que Deus tinha morrido. Não acredito que esse excelente filósofo esteja certo, até porque tenho certeza absoluta da existência de Deus e não acredito em pessimismo, porém é necessário agir. A esperança deve ser construída pelas ações dos homens e não aguardar que caia do céu uma solução pronta, ou seja, outro planeta limpinho para nós sujarmos novamente.

Durante muito tempo, as pessoas administraram o planeta sem prestar atenção ao seu frágil equilíbrio. Poluímos o ar, a água, o solo. Exploramos excessivamente os recursos, como florestas, matérias-primas, energias fósseis e extinguimos muitas espécies de plantas e de animais. Finalmente estamos entendendo que esse comportamento é prejudicial para a sobrevivência do ser humano no planeta.

Desenvolvimento Sustentável, também chamado de “viável”, foi formulado pela primeira vez por ocasião da Conferência da Terra no Rio de janeiro, em 1992. O DS é uma associação obrigatória de boa gestão econômica, o progresso social e a preservação do meio ambiente. Esse “triângulo da sustentabilidade” é a base para uma nova forma de governar e traz consigo seis princípios fundamentais:

1. Princípio da precaução (não esperar o irreparável para agir);

2. Princípio da prevenção (é melhor prevenir que remediar);

3. Princípio da economia e da boa gestão (sabendo usar não vai faltar);

4. Princípio da responsabilidade (quem degrada deve recuperar);

5. Princípio da participação (todos estamos envolvidos, todos decidimos, todos somos protagonistas);

6. E princípio da solidariedade (legar um mundo viável às gerações futuras).



O Desenvolvimento Sustentável nos remete também à idéia de melhor divisão de riquezas, onde todos têm acesso a alimento, água potável e eletricidade.

No mundo de hoje em cada 4 pessoas, pelo menos 1 vive na miséria, esse número chega a cerca de 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo.

Aí está uma boa bandeira ou plataforma para votarmos nesta e nas próximas eleições.



Por Nilson Mesquita

nilsonedson@yahoo.com.br

cidadaniaesustentabilidade.blogspot.com

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Resgate no Chile - Um grão de areia no oceano, mas valeu a pena

Dá gosto de ver o que ocorreu hoje no Chile.
Não, eu não estou falando do salvamento de 33 mineiros naquele país. Salvar 33 pessoas, dentre as milhões que morrem todos os anos vitimas de catástrofes é algo como grão de areia no oceano.
Estou falando é da força que um povo consegue obter sobre um fato desastroso, de como a postura das pessoas se direciona para a esperança, para as atitudes pró-ativas. Se foi manipulação politica pela midia por parte do governo, o que importa? O país foi vitima de terremotos, maremotos e de crises politicas e nem ao menos teve uma Copa do Mundo para disfarçar suas dores.
Se o resgate de um grão de areia no oceano serviu para que milhões de pessoas olhem para sua própria nação com mais orgulho, mais esperança e mais solidariedade, valeu a pena resgatar o danado do grão.

Por Randy, Comunidade "Espiritismo - Eu Sou Espírita do Orkut

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Assédio Moral e assédio Sexual, o que é?

Assédio Moral
“É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego. Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização. A vítima escolhida é isolada do grupo sem explicações, passando a ser hostilizada, ridicularizada, inferiorizada, culpabilizada e desacreditada diante dos pares. Estes, por medo do desemprego e a vergonha de serem também humilhados associado ao estímulo constante à competitividade, rompem os laços afetivos com a vítima e, freqüentemente, reproduzem e reatualizam ações e atos do agressor no ambiente de trabalho, instaurando o ‘pacto da tolerância e do silêncio’ no coletivo, enquanto a vitima vai gradativamente se desestabilizando e fragilizando, ‘perdendo’ sua auto-estima.”


Assédio sexual
Crime passível de pena de um a dois anos de detenção para quem “constranger outra pessoa com intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente de condição superior hierárquica ou ascendência inerentes ao exercício do emprego, cargo ou função”. Lei 10.224, artigo 216 do Código Penal brasileiro.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

E o verde violentou as urnas!

Marina Silva teve 20% dos votos no Brasil. Isso significa que 20 milhões de brasileiros querem, e demonstraram isso nas urnas, que a sustentabilidade não seja mais um tema de oportunidade. Desejam que isso realmente seja incorporado a políticas públicas e de governo. Mais, estes eleitores deixaram uma mensagem clara para os dois candidatos que vão ao segundo turno: é preciso discutir o Brasil de forma mais consistente e não na base do generalismo. Todas as promessas são sobre educação, saúde, segurança etc. Temas sobre os quais há certezas. Ou seja, quem em sã consciência é contra agua encanada e esgoto tratado? Os eleitores de Marina, que vão decidir esta eleição, querem saber como será o desenvolvimento do Brasil nos próximos quatro anos. Que modelo de país o futuro governo quer e vai entregar. Uma discussão que estava descartada até este momento e que será o que realmente importa.


Bom, mas o processo eleitoral teve outras surpresas, principalmente em relação à disputa pelas duas vagas ao Senado em São Paulo. Aluízio Nunes, do PSDB, era quanse uma “carta fora do baralho” pelos dados dos institutos de pesquisa. Liderou a eleição. Ricardo Young, do PV, nunca era apontado com mais do que 2% das intenções de votos. Chegou a 4.117.634 votos, o que significa 11,20% dos votos dos paulistas. Vale perguntar como são feitas estas pesquisas, que deturpam resultados e atrapalham as campanhas mais do que bocas de urna e outras práticas que o Tribunal Eleitoral já pune como crimes. A divulgação de pesquisas erradas, que se afirmam “científicas” e com margens de erro de dois pontos para mais ou para menos influi na decisão de muitos eleitores. No entanto, de 2% para 11% não é exatamente uma “margem de erro”, mas sim incompetência na melhor das hipóteses, e má fé criminosa na pior.

O que vamos assistir agora são explicações mal ajambradas de porque se errou tanto e pedidos de desculpas aos eleitores, como se o estrago não tivesse nenhuma consequência. Em uma campanha política a possibilidade de vitória tem muitos reflexos na ação e na captação de recursos. Um candidato com 2% dos votos não estimula muitos doadores a apoiarem sua campanha. Um candidato que, no entanto, mostra sua capacidade, ou seu cacife eleitoral, pode conseguir mais apoios e, com isso, lutar para conquistar os votos que ainda necessita. Ricardo Young ultrapassou 4 milhões de votos, e poderia ter ido mais longe se tivesse recursos. Sua campanha se pautou pela austeridade e pela qualidade de suas propostas. Não teve os recursos dos quais dispuseram a maioria de seus adversários, mas mostrou que a sociedade é capaz de compreender propostas elaboradas de políticas públicas, apesar da incapacidade de diversos meios de comunicação e jornalistas em acreditar nisso.

Dilma e Serra terão de beber nas propostas de Marina, Ricardo e outros candidatos verdes se quiserem os votos destes eleitores. Não são os mesmos que votaram em Tiririca, não podem ser conquistados com promessas vagas e querem saber não apenas o que os candidatos vão fazer depois de eleitos. Principalmente querem saber COMO vão fazer. Este segundo turno fará bem ao Brasil. A política terá de ser feita de forma diferente, dialogada, negociada em termos de políticas públicas e não nos tradicionais acordos de bastidores e conchavos.

Para Marina Silva, a sustentabilidade não é mais assunto de guetos e as urnas provaram isso. E sustentabilidade pressupõe ética, transparência, governança, equilíbrio social, ambienta e econômico, além de um dos mais importantes valores dos ambientalistas, o princípio da precaução frente a arrogância do determinismo tecnicista.

Por Dal Marcondes, da Envolverde

Seleção Texto Nilson Mesquita