segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Necessidade de lucro em curto prazo desestimula sustentabilidade em empresas

Fabiano Ávila, do Instituto CarbonoBrasil

Uma pesquisa patrocinada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) entrevistou 642 executivos, ambientalistas e acadêmicos e descobriu que 88% deles culpam a pressão por resultados financeiros imediatos como a maior barreira para os esforços de sustentabilidade das empresas.
A falta de regulamentações apropriadas e o desconhecimento dos potenciais benefícios de práticas verdes também foram apontadas como obstáculos por 75% dos entrevistados. Já a pequena demanda dos consumidores por produtos e serviços de baixo carbono é vista como um problema por 56%.
“Esta pesquisa mostra que os governos devem fazer sua parte, buscando criar padrões e políticas para promover o uso sustentável dos recursos naturais. A Rio +20 em junho será uma boa oportunidade para isso”, afirmou Achim Steiner, diretor executivo do PNUMA.
Os resultados da pesquisa serão apresentados em um relatório do PNUMA sobre a economia verde que deve ser publicado ainda em 2012.
(Instituto CarbonoBrasil)

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Manifestação Pacífica

Tramandaí - RS


O grupo de estudantes do curso de biologia marinha, da Universidade Estadual (UERGS) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul(UFRGS), Oceano Vivo em parceria com a Fundação S.O.S Mata Atlântica e a Campanha Mangue faz a diferença convida a comunidade à participar de uma manifestação silenciosa e pacífica em homenagem as diversas formas de vida marinha que sofrem e morrem em função dos acidentes causados pelo petróleo no oceano. A manifestação ocorrerá em Tramandaí e Imbé. O grupo pede à comunidade que compareça de blusa branca, representando a necessária paz nos oceanos e com uma faixa preta em forma de luto pelas milhares formas de vida afetadas com mais este acidente. A concentração ocorrerá Sabado dia 28/01/2012 às 10h00min da manhã junto a plataforma de pesca, seguindo à orla de Tramandaí, retornando ao centro passando pela prefeitura em direção empresa responsável pelas atividades na Barra de Imbé. Será realizada uma parada na ponte de Imbé e Tramandaí e durante uma hora defronte a empresa Transpetro/Petrobrás na barra. O objetivo é conscientizar a comunidade que o ocorrido em Tramandaí é, infelizmente, uma pequena parte do que vêm ocorrendo e do quê a exploração e transporte de petróleo offshore está fazendo com o ambiente marinho. Contamos com a presença de toda a comunidade, tragam seus filhos e amigos. Ajude a divulgar esta manifestação pelas diversas formas de mídia. Desde já agradecemos.
Maiores informações: 051-32172639 ou 051-93289493 com Thiago L. - Graduando em biologia marinha e integrante do grupo Oceano Vivo.

No mar

Me perdi no mar,

para não ter que ver os problemas do mundo!

Me perdi no mar,
para não ter que conviver com o preconceito!

Me perdi no mar,
Quando não quis sofrer!

Me perdi no mar,
para não me afogar!

Não me afoguei,
mas eu me perdi no mar!

Me perdi no mar,
Para fugir!
Para sorrir!
Para partir!

Me perdi no mar,
Para sonhar feliz!

Tive medo?
Tive sim!
Inegável medo!
Mas o medo me levou ao mar.

Marcelo Aguiar

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Brasil é segundo país mais desigual do G20, aponta estudo

BBC Brasil

O Brasil é o segundo país com maior desigualdade do G20, de acordo com um estudo realizado nos países que compõem o grupo.
De acordo com a pesquisa Deixados para trás pelo G20, realizada pela Oxfam – entidade de combate à pobreza e a injustiça social presente em 92 países -, apenas a África do Sul fica atrás do Brasil em termos de desigualdade.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Programas sociais brasileiros atraem crescente interesse internacional

PNUD Brasil

As políticas sociais desenvolvidas pelo Brasil, em especial as ações focadas na erradicação da extrema pobreza e da fome, têm despertado interesse cada vez maior da comunidade internacional. Esta semana, representantes da área de desenvolvimento social da Palestina, Tunísia, África do Sul, Egito, Quênia e Índia estão no país para conhecer as experiências exitosas de programas como o Brasil sem Miséria.
Com o objetivo de atender de forma conjunta a demanda crescente por informações e trocas de experiências, as delegações foram convidadas a participar esta semana (17 a 20 de janeiro) de um seminário sobre políticas sociais que inclui palestras, debates e visitas a campo. “Foi uma das soluções que encontramos para responder, de forma conjunta, a vários países e potenciais parceiros interessados em conhecer nossas experiências”, explicou o Secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Rômulo Paes de Sousa, durante a abertura do evento.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Por uma jornada de trabalho menor

Flavia Pardini, em De lá pra Cá, para a Página 22
Nesse fim de ano estive nos Estados Unidos, terra de excessos, onde aos poucos a crise econômica arrefece. Os shopping centers voltaram a encher na época de Natal mas, pela primeira vez, vi gente dormindo debaixo de pontes. Parece que por trás do reaquecimento do consumo, a doença de fundo da economia americana permanece. O mesmo vale para outras economias desenvolvidas que, desde o estouro da bolha imobiliária em 2007, lutam para se reerguer com base na velha receita de consumir cada vez mais. Enquanto os economistas do mainstream prescrevem crescimento a qualquer custo, há quem busque uma receita alternativa.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Vale concorre a prêmio internacional de pior empresa do mundo

A Vale, mineradora brasileira presente em 38 países e considerada hoje a maior corporação de mineração de ferro do mundo, é uma das seis finalistas do prêmio Public Eye Award, que todos os anos escolhe a pior empresa do planeta por voto popular e anuncia a vencedora durante o Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. É a primeira vez que uma empresa brasileira concorre ao prêmio.
A indicação da Vale para o Public Eye Award 2012 foi feita pela Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale (International Network of People Affected by Vale) através da organização brasileira Rede Justiça nos Trilhos, sediada no Maranhão, em parceria com as ONGs internacionais Amazon Watch e International Rivers, e tem como base os inúmeros impactos ambientais, sociais e trabalhistas causados na última década pelas atividades da corporação no Brasil e no mundo.
A entrada da empresa, em meados de 2010, no Consórcio Norte Energia SA, empreendimento responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no Pará, foi considerado pelos organizadores do prêmio, Greenpeace Suíça e Declaração de Berna, o fator determinante para a sua inclusão na lista das seis finalistas do Public Eye deste ano. A Vale detém 9% das ações do Consórcio, que será responsável pelo deslocamento forçado de cerca de 40 mil pessoas, atingindo direta e indiretamente 14 comunidades indígenas do Médio Xingu, alagando 668 km2 e secando 100 km do rio na chamada Volta Grande do Xingu.
A votação do Public Eye Award 2012 é feita no site do prêmio, http://www.publiceye.ch/en/vote/vale/, e vai até o dia 26 de janeiro.
Veja AQUI o resumo de alguns dos impactos sociais, ambientais, trabalhistas e sobre populações tradicionais de vários empreendimentos da Vale no Brasil e no Mundo

domingo, 8 de janeiro de 2012

Joaquim Barbosa - A Mentira tem perna curta


Joaquim-Barbosa

por Arthurius Maximus
O ministro Joaquim Barbosa é bem conhecido dos brasileiros. Elevado ao grau de celebridade ao humilhar publicamente o então presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, em uma das mais polêmicas audiências do tribunal. Sem papas na língua, Joaquim Barbosa disse a Mendes o que muitos brasileiros queriam dizer a respeito da arrogância e da magnânima atuação de Gilmar Mendes (sempre para o lado dos poderosos) envolvendo casos de corrupção. 
Agora, o ministro volta às manchetes jogando mais uma vez no ventilador ao desmascarar o descarado complô que é ensaiado pelos ministros do STF (a maioria indicada pelo PT) para causar a prescrição dos crimes do Mensalão; transformando em uma enorme pizza mal cheirosa o processo que poderia ser um marco na moralização da política nacional e destruiria boa parte da cúpula petista, ao colocá-la atrás das grades.
Tudo começou com uma entrevista "em banho-maria" do Ricardo Lewandowski, revisor do caso. Nessa entrevista, Lewandowski deixou escapar que o processo caminhava para a prescrição porque não haveria tempo hábil para julgá-lo. Afinal de contas, o ministro Joaquim Barbosa havia tido uma série de problemas de saúde e atrasara a entrega do seu relatório sobre o caso.
Com a celeuma levantada pela imprensa, o presidente do STF – ministro Cezar Peluso – quis fazer "uma média" com a opinião pública e dar um ar de legitimidade ao complô que se anunciava. Mandou redigir um ofício instando Joaquim Barbosa a acelerar o processo e enviar os autos para análise dos seus colegas o mais rápido possível.
Malandro... Cem anos de Lapa... E frequentador do Bar Luiz... O ministro Joaquim Barbosa sentiu que era preparado um cenário para culpá-lo pela prescrição do processo e tornar palatável para a opinião pública o desastre da impunidade dos canalhas mensaleiros. Como homem que honra seu posto e de coragem de sobra, Joaquim Barbosa pegou a "perna de anão" que lhe entregaram – embrulhada para presente – jogou-a para o alto e acertou em cheio o ventilador só STF.
Com uma declaração bombástica, desmascarou todo o esquema armado para levar o processo à prescrição e inocentar a corja que se apoderou do país. Disse: "Os autos, há mais de quatro anos, estão integralmente digitalizados e disponíveis eletronicamente na base de dados do Supremo Tribunal Federal, cuja senha de acesso é fornecida diretamente pelo secretário de Tecnologia da Informação, autoridade subordinada ao presidente da Corte, mediante simples requerimento".
Ou seja, mostrou com todas as palavras que os ministros ignoraram o processo até agora simplesmente por preguiça ou por pura vontade de deixá-lo prescrever, garantindo a absolvição do pessoal. Joaquim Barbosa ainda critica "na lata" a falácia de que está "atrasado" com o processo: "Com efeito, cuidava-se inicialmente de 40 acusados de alta qualificação sob os prismas social/econômico/político, defendidos pelos mais importantes criminalistas do país, alguns deles ostentando em seus currículos a condição de ex-ocupantes de cargos de altíssimo relevo na estrutura do Estado brasileiro, e com amplo acesso à alta direção dos meios de comunicação". Continua: "Estamos diante de uma ação de natureza penal de dimensões inéditas na História desta Corte".
Não satisfeito em desmascarar o claro acerto que há para que o processo prescreva Barbosa ainda mostrou que "atrasados são os outros". O processo do Mensalão tem 40 acusados, defendidos pelos mais caros advogados do país, todos ocupantes de cargos de grande poder no Estado Brasileiro. O processo tem mais de 49 mil páginas; 233 volumes e 495 apensos. Os réus indicaram mais de 650 testemunhas de todo Brasil e até de outros países. Mesmo diante de todo esse trabalho, o ministro Joaquim Barbosa manteve o trâmite normal de trabalho no STF e ainda julgou inúmeras causas nesse período. Enquanto isso, seus colegas, com ações envolvendo dois ou três acusados e que foram iniciadas na mesma época; ainda sequer foram concluídas.(*)
Mais uma vez, "matou a cobra e mostrou o pau". Sem pudores e sem medo, Joaquim Barbosa expõe claramente quem está comprometido com os interesses dos corruptos e busca desculpas para justificar o injustificável.
Diante de tudo isso, pelo menos para mim, fica a ideia da quase certeza em relação à prescrição do caso. Nem é preciso lembrar que um dos ministros indicados por Lula, o ministro Dias Tófolli, foi colocado ali "sob medida" para esse processo. Pois, para quem não se lembra, ele foi advogado de defesa de José Dirceu.
Pelo menos, se tudo der errado, teremos visto a coragem e o desprendimento do ministro Joaquim Barbosa dar um tapa na cara dos que tentavam imputar-lhe a culpa pela prescrição. Se o processo acabar por prescrever e não condenar ninguém; o desfecho terá sido por vontade dos ministros, sendo necessário que eles arrumem outra desculpa esfarrapada para justificar a cara-de-pau.
É como minha velha mãe dizia: "Mentira tem perna curta".

Fonte: Visão Panorâmica

Pesquisadora da UEA de Parintins desenvolve fungicida à base do fruto do piquiá

Folhas, casca da árvore e polpa do piquiá são ricas fontes de taninos, substâncias que contribuem para a defesa das plantas contra o ataque de insetos
Um fungicida à base piquiá, fruto amazônico de forte coloração e característica oleaginosa, já vem sendo testado por uma pesquisadora do curso de Biotecnologia em Recursos Naturais da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) de Parintins (a 420 quilômetros de Manaus), Paula Mara Valente.
A intenção da pesquisadora é desenvolver um fungicida capaz de realizar o controle biológico menos agressivo ao meio ambiente.
Segundo Paula Mara, as folhas, a casca da árvore e a polpa do piquiá são ricas fontes de taninos, substâncias que contribuem para a defesa das plantas contra o ataque de insetos e tem sido relacionada com inibição do crescimento de microrganismos.
Ela conta que nas últimas décadas, alternativas menos agressivas de controle de pragas agrícolas têm sido utilizadas no controle de doenças e na sustentabilidade da atividade agrícola. Pragas como o fungo Colletotrichum sp e Fusarium sp causam grandes prejuízos econômicos às culturas de hortaliças e a outras espécies agrícolas.
Segundo a pesquisadora, a diversidade de espécies vegetais na Amazônia torna importante a investigação de novas moléculas químicas capazes de serem utilizadas como controle biológico amenizando a agressão ao meio ambiente.
“O que nos falta é mais investimentos tecnológicos na região porque precisamos procurar laboratórios fora de Manaus para fazer os testes”, lamenta a mestranda.
A pesquisadora explica que, no processo de pesquisa, as folhas coletadas do piquiá foram pesadas e secas em estufa a 30°C, em seguida moídas.
Na realização dos testes, o extrato bruto das folhas foi obtido através do método de extração à quente e à frio e feita uma análise de sua atividade sobre os fungos (Colletotrichum sp e Fusarium sp) que atacam hortaliças com resultados positivos.
Fonte:  A Crítica

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Descarte inadequado de pneus ainda representa grave problema ambiental no Brasil

Elaine Patricia Cruz, da Agência Brasil

O descarte inadequado de pneus ainda persiste como um grave problema ambiental no Brasil. Apesar de duas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) obrigarem os fabricantes e importadores a dar uma destinação adequada para pneus que não servem mais, as regras não estão surtindo o efeito desejado. Essa é a conclusão do engenheiro mecânico Carlos Lagarinhos que defendeu uma tese de doutorado, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), sobre o assunto.
“No Brasil, as atividades de reutilização [de pneus] não são regulamentadas e não existem incentivos para a reciclagem ou utilização de matéria-prima de pneus inservíveis [que não servem mais para rodar em automóveis, ônibus e caminhões]”, disse Lagarinhos à Agência Brasil.