sexta-feira, 29 de abril de 2011

Menos carbono na construção - Indústria de cimento no Brasil preocupada com emissão de CO2

Gustavo Faleiros, para a Página 22

Se a economia cresce, a indústria cimenteira prospera.  No Brasil, o ciclo de altas no PIB elevou o consumo de cimento a recordes históricos – cerca de 51 milhões de toneladas/ano.  As projeções mostram que a tendência de crescimento é consistente e os investimentos na expansão da produção no setor já estão em curso.
Em termos ambientais, o desafio não poderia ser maior.  A fabricação de cimento é um dos principais fatores responsáveis pelas emissões de gás carbônico em todo o mundo.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Programa de combate à pobreza extrema atacará analfabetismo entre adultos

Luciana Lima e Ivanir José Bortot, da Agência Brasil

O programa de erradicação da pobreza extrema, que será lançado pelo governo no próximo mês, terá como tônica promover a autonomia de famílias que foram retiradas da miséria pelo Bolsa Família.
De acordo com o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, um dos pontos mais importantes do programa será o combate ao analfabetismo entre os adultos, fenômeno que, atualmente, ainda representa um entrave para a qualificação profissional.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Especialista lista cinco dicas para evitar o consumismo

Redação EcoD

Consumir de forma consciente e responsável é um dos grandes desafios desse século e passo fundamental para um mundo mais sustentável. Para ajudar os consumidores a repensarem suas escolhas e fugirem das compras por impulso, a ativista Sami Grover listou cinco hábitos simples de serem adotados.
“Em meus próprios esforços para comprar menos, poupar mais, e reduzir a quantidade de coisas que eu consumo, eu me vi desenvolvendo alguns hábitos e estratégias mentais para me perguntar o que eu realmente quero, e o quanto o quero”, destacou.

sábado, 23 de abril de 2011

A perda!

Passei por uma experiência na praia do Atalaia em Salinópolis/PA e como sempre a veia poética se manifestou. Fiz a poesia pensando também em contribuir com os pais que levam seus filhos para a praia ou rios, mostrando que numa fração de minutos eles podem se perder e mudar a vida de uma família para sempre.


O dia ensolarado,
as ondas do Atalaia como um manto de Nossa Senhora,
os redeiros, os artesãos, aos gritos e com muita saliva entoando seus hinos de marretagem,
a praia limpa, mas nem tanto, alguns monturos de lixo aqui e acolá,
diziam da consciência ecológica da população da praia,
a conversa ia e vinha, não era calmaria, mas era harmonia,
a areia fina,
os castelinhos das crianças,
os vendedores de pipa,
os carros com sons bem altos e mau educados,
na chegada a praia vislumbrava-se aquele tapete multicolorido de guarda sóis,
carangueijo toc-toc, pratiqueira e pescadinha na barraquinha,
de repente o susto,
cadê o menino?
cadê o menino?
o menino com sua prancha?
não, comigo não, conosco não!
isso não podia ser como tantos que já foram,
mas comigo não!
o que seria da mãe, e da irmã?
não! não! não!
já se passaram pelo menos 30 minutos e o menino sumiu,
todos tem que me ouvir: o menino sumiu!
Ei!! o menino sumiu, eu quero que todos ouçam meu ofegante pensamento,
vi a prancha amarela, a sunga azul, o corpo magro e moreno,
como um adesivo nos olhos,
bombeiro, cadê meu filho?!
guarda, socorro!
vendedor de bugiganga, me ajude!
todos que bricam como se nenhum drama estivesse acontecendo, olhem por mim,
olhem, o menino sumiu, eu estou desesperado!
vai para oeste que eu vou para leste, ou para norte, quem sabe p’ro sul,
a praia é a mesma mas meu filho sumiu,
meus olhos esbugalhados,
eles não param nas óbitas,
meu nó na garganta,
minha barriga que dói,
a panturrilha cansada,
por favor meu Deus, o menino sumiu!
me ajude!
derrepente, o olhar naquele corpinho,
a onda, não era do mar, que sobe pela espinha,
elétrica, esfriando a zero grau naquele sol causticante,
a prancha, a sunga, o tempo que já corria célere,
o grito delirante, a boca espumante, o coração saltitante,
achei o menino!!!
achei!!
o menino!!
descancei, gemi mudo, agradeci a Deus,
corri e o abracei,
já se iam uma hora e meia,
não quero imaginar que a perda poderia ser maior,
saí com ele orgulhoso e o entreguei a mãe choroso e desesperada,
o sol já se punha no horizonte,
já era mais silêncio na praia,
muitos buscavam os veículos e caminhavam preguiçosamente pelas areias,
ninguém se preocupava com tristezas,
nós ali, com nossos corações silenciosos,
com seus compassos normalizados,
caminhávamos lentamente e desligados da euforia ao redor,
olhando o menino,
(nós o tínhamos perdido, mas ele mesmo não se perdeu),
bem pertinho,
bricando, com a vida sem saber,
olhando-nos seguro,
e nós lhe amando,
sem perceber porque, dali em diante, um enorme tédio nos envolveu,
e no dia seguinte voltamos para casa,
e só o menino reclamou.

EU TE PERDOO, WELLINGTON

Marco Antonio Salgado Mendes

Em nome da minha humanidade eu te perdoo, Wellington, ao compreender teu desespero, a falta de esperança e perspectiva, os desejos sublimados, massacrados. Perdoo tua ânsia por ser compreendido, escutado, aceito. A necessidade de amor e carinho que o levou ao maior non sense abjeto que estava ao alcance das mãos. A carência de sexo; bom, farto, seguro; o desejo inconsciente, insatisfeito, por um gozo espumante e vívido.

Nós ajudamos a esculpi-lo com a cultura da violência; a ti entregamos os instrumentos que o transfiguraram num animal feroz, selvagem e despeitado, que foi em busca da revanche pelos beijos recusados ou pelas zombarias que tanto o espezinharam. A ti distraímos nos momentos de lazer, ensinado-o a cultuar o valor da força bruta, da guerra, do sangue, do ódio, da violência, em detrimento do amor, da sabedoria, da libido ou da cumplicidade generosa. A ti presenteamos, por intermédio de Papai Noel, com joguinhos letais enaltecendo a destreza em liquidar "o outro", um ser desalmado e sem coração. A ti louvamos a insensatez da castidade, num mundo permeado por infindáveis apelos eróticos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Código Florestal: agricultores que preservarem APPs poderão ter benefícios


Brasília - O novo Código Florestal poderá conceder benefícios a agricultores que sempre obedeceram à legislação e mantiveram em suas propriedades área de proteção permanente (APP) e reserva legal. O relator da matéria, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) disse que vai acolher sugestão feita pelo líder do PV, Sarney Filho (MA).
Entre os benefícios estão a dedução no Imposto de Renda dos gastos com a preservação da área, obtenção de crédito agrícola com juros menores e limites maiores do que os que não preservaram, além da contratação favorecida na comercialização da produção agrícola.
Outra sugestão feita por Sarney Filho e que deverá estar no relatório de Aldo Rebelo é a que trata do tamanho da APP nas propriedades. A ideia é manter os 30 metros de preservação nas encostas de rios, mas, naquelas propriedades onde não haja nenhum tipo de preservação, a distância deve ser de 15 metros. “Não se trata de reduzir de 30 para 15 metros. O que existe é tratamento diferenciado nas áreas de recuperação. Agora, haverá mais reflorestamento nessas áreas”, explicou Sarney Filho.
Esses dois pontos, sugeridos pelo PV, encontram apoio de Aldo Rebelo, que disse esperar que a proposta seja, finalmente, aprovada. “Se eu fosse o governo, acolheria essas sugestões”, disse.
Aldo Rebelo disse ainda que deverá incluir em seu relatório a determinação para que propriedades de agricultura familiar tenham 7,5 metros de APP. Segundo ele, na Região Nordeste, metade das propriedades é de agricultura familiar, com até 5 hectares. Com isso, ficaria inviável para essas família cumprirem a determinação de 15 ou 30 metros. “Não podemos retirar deles a possibilidade de continuar sobrevivendo.”
A votação do Código Florestal foi marcada pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para a primeira semana de maio. Sarney Filho disse preferir esperar um pouco mais para que haja mais negociações sobre a matéria. Aldo Rebelo, no entanto, acredita que o prazo seja suficiente para solucionar todos os impasses.
Edição: Talita Cavalcante

quarta-feira, 20 de abril de 2011

No meio da estrada havia um cavalo

Atenção motoristas!!!! Essa estrada mata mesmo!!

Por Paulo Vasconcellos (Jornalista do Jornal de Capanema/PA)
O leitor pode até pensar que o conteúdo deste texto será tratado de forma poética ou literária, mas os relatos que serão inseridos a seguir retratam a realidade de fatos verídicos que assustam muita gente e tenham certeza que não são inventados, até porque o espaço trata a veracidade do que acontece no cotidiano. Já faz algum tempo que Rodovia BR- 308, conhecida por Capanema/Bragança, vêm sendo notícia em todos os meios de imprensa do município de Capanema e do Estado, por apresentar condições precárias no que diz respeito à falta de acostamentos, de sinalização e também de fiscalização.

Antes de ser federalizada a Rodovia apresentava um retrato não condizente com a realidade e viajar de Capanema para Bragança era motivo de sofrimento para quem dirigia veículos ou mesmo apenas como passageiro, pois a buraqueira era intensa, e o percurso durava cerca de 3 horas. Diante de muita luta, houve a pavimentação asfáltica com serviço de qualidade que vem resistindo até os dias de hoje, passando por processos de recapeamento, atendendo as necessidades dos usuários. Com a somatória de vontades de alguns, foi procedida à federalização e então a ligação a Transoceânica fazendo acesso ao Estado do Maranhão.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ministra acata aos pedidos da Amazônia

Nathalia Clark

Parintins, AM – Nesta sexta-feira, dia 15 de abril, o município de Parintins, no nordeste do Amazonas, deu seu “Grito das Florestas”, em defesa do Código Florestal. O ato faz parte do manifesto dos povos da floresta, que pede uma legislação eficiente que barre o desmatamento, e constituiu a programação do “Grande Encontro de Parintins, em defesa da floresta e da produção sustentável”.


O documento foi entregue à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que também esteve presente no primeiro dia do evento. O Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e o Greenpeace, alguns dos organizadores do encontro, reuniram cerca de 300 pessoas em um abraço coletivo, entre lideranças sociais, produtores, extrativistas e ribeirinhos.

O grupo abraçou uma faixa onde se lia “Congresso, desliga essa motosserra”. Ela foi estendida no chão do Bumbódromo da cidade, onde é realizado o Festival Folclórico, cujo famoso duelo dos bois Garantido e Caprichoso, principal atração turística, tornou Parintins famosa internacionalmente.

Izabella Teixeira declarou que a proposta oficial do governo, finalizada nesta quinta em reunião entre o presidente em exercício, Michel Temer, o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e os ministros do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e da Agricultura, Wagner Rossi; está "100% de acordo com o que diz o manifesto".

Um dos principais pontos da proposta é o cancelamento da obrigação de averbação de Reserva Legal (RL) para pequenos produtores e agricultores familiares. Estes terão o compromisso apenas de fazer auto-declaração e caberá ao Estado averiguar a veracidade da informação. Com isso, o pequeno produtor estaria livre da punição via Decreto 7.029, que entra em vigor a partir do dia 12 de junho, e institui o Programa Mais Ambiente.

Segundo a ministra, a proposta ainda irá a debate político, mas uma das coisas que o governo não abre mão é a manutenção de Área de Preservação Permanente (APP) em 30m. Outro destaque é que atividades de baixo impacto, de utilidade pública ou de interesse social poderão ser reconhecidas como áreas consolidadas. Neste caso, a compensação da RL poderá ser feita em outra propriedade, desde que no mesmo bioma onde está localizada a original.

A reforma proposta pelo poder executivo deixaria 95% do número de propriedades com passivos ambientais regularizado. “Temos ideias inovadoras como a de pagamento por serviços ambientais. Queremos também facilitar o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que continua obrigatório e está ajudando muito no combate ao desmatamento”, afirmou Izabella.

Brasileiros terão vacina contra dengue antes de vencer problema de saneamento básico, prevê secretário

Brasília – Cientistas esperam que a população brasileira possa, daqui a cinco anos, ser imunizada contra os quatro tipos de vírus da dengue. O prazo para resolver o problema epidemiológico é bem inferior ao tempo de que o país precisa para universalizar o saneamento básico, apontado como uma das causas para a prevalência da dengue. Segundo o governo federal, apenas em 2030, todos os brasileiros terão água encanada e rede coletora de esgoto em suas casas.

sábado, 16 de abril de 2011

Desenvolvimento Sustentável, Consumidor Responsável e Política Nacional de Resíduos Sólidos

Você sabia que a quantidade de aparelhos celulares alcançou 4 milhões ao redor do mundo em 2009? Tem idéía da quantidade de lixo isto gera ao longo dos anos?

Estimativas indicam que, atualmente, existam cerca de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico no planeta

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram um crescimento acentuado do consumo de computadores, passando de 6,7 milhões em 2002 para 15 milhões de em 2007. 

No Brasil,  são 154,6 milhões de aparelhos celulares, de acordo com levantamento feito pela Anatel em abril e um computador para cada três pessoas, segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas.

O Instituto Akatu e o Instituto Ethos realizaram uma pesquisa que revelou que entre 2006 e 2010, manteve-se em 5% o percentual da população brasileira que adere a valores e comportamentos mais sustentáveis de consumo. São os chamados consumidores conscientes. Considerando-se o aumento populacional nesse período, houve, entretanto, um crescimento de cerca de 500 mil consumidores conscientes.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Falta de reciclagem causa prejuízos de R$ 8 bilhões ao ano

Estima-se que haja entre 800 mil e 1 milhão de
catadores de materiais recicláveis no Brasil
O Brasil perde R$ 8 bilhões ao ano por não reciclar seu lixo. A informação é do secretário de Recursos Hídricos e Meio Ambiente do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério da Costa, e foi dada durante seminário na Câmara Legislativa do Distrito Federal na manhã desta terça-feira (12).

Segundo o secretário, esta seria a economia se o país reciclasse todos os materiais passíveis de serem reaproveitados. A quantia é suficiente para construir 1,5 milhão de casas populares a cada ano. 

Ministério da Justiça antecipa para maio campanha do desarmamento

Daniella Jinkings, da Agência Brasil

A tragédia na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, que resultou na morte de 12 crianças e do atirador, fez o Ministério da Justiça adiantar a campanha nacional do desarmamento para o dia 6 de maio. De acordo com o ministro José Eduardo Cardozo, um conselho, formado por representantes do governo federal e da sociedade civil, vai coordenar a implementação da campanha no país.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Mercadores da cidadania

Em todas as Câmaras Municipais do Pará, vereadores têm contratos com o Executivo, através de laranjas. São, por exemplo, os donos dos ônibus destinados ao transporte escolar (que aos finais de semana podem ser vistos transportando simpatizantes a balneários), e alugam imóveis à Prefeitura.

A pergunta que não quer calar é: o que falta para o Ministério Público agir como fiscal da lei? Ninguém aguenta mais tanto abuso e roubalheira do dinheiro público.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ainda não!

Quem me deixou morrer,
ainda não era tempo,
não me preparei,
queria errar ainda,
falar besteira,
criticar sem “rabo preso”,
dedurar o assaltante,
correr do bandido,
falar palavrão.

Queria me expressar pelo corpo,
gostaria de viver na rua,
debaixo da ponte,
ou do viaduto,
buscar meus podres,
ferir minha tristeza,
cair no “conto do vigário”.

Queria mesmo era sair por aí,
sem nenhum rumo,
sem paraquedas,
apenas com minha trouxa,
de pano velho,
cheia de nada,
com minha nudez,
sem bronze e nem sol.

Onde estivesse,
ficaria bem.
comigo mesmo,
e com mais ninguém.

Ni

domingo, 10 de abril de 2011

PAZ

Em dias de violência, de perdas quase irreparáveis, de sofrimento, é bom lembrar de John Leno e Yoko que foram na década de 70 baluartes da paz. Foram chamados também de loucos e maconheiros, como se isso os diminuísse em seus belos ideais. Viva os loucos, abaixo as drogas que causam violência, viva a paz e amor. O cartunista Glen Batoca foi especialmente inspirado e da mais alta qualidade artística ao lembrar o casal com suas características mais marcantes.

Municípios do Pará criam consórcio para combater desmatamento

Objetivo é criar um modelo sustentável de exploração de recursos florestais e contribuir para frear as mudanças climáticas

Quatro municípios paranaenses do entorno da Rodovia Transamazônica (Anapu, Altamira, Brasil Novo e Senador José Porfírio), assinaram no dia 29 de março, em Altamira, um protocolo de intenções que busca transformar um dos focos de desmatamento no estado em local de economia de base sustentável na exploração recursos florestais da região. A ação é uma iniciativa das respectivas secretarias municipais de agricultura e meio ambiente em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e a Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP).

Os governos municipais querem criar um novo modelo de desenvolvimento para a economia da região, que já passou pela

sábado, 9 de abril de 2011

O ultra-lucrativo tráfico humano

Red Voltaire

No México, o tráfico de imigrantes é muito mais lucrativo no México do que o tráfico de drogas. Segundo o representante do Escritório das Nações Unidas para o Controle das Drogas e a Prevenção do Delito, Antonio Mazzitelli, somente em 2010, o tráfico de indocumentados na fronteira com os Estados Unidos deixou lucros de 6.600 milhões de dólares, o que supera consideravelmente os benefícios do narcotráfico.

Florestas: cresce chance de evitar retrocesso

Iara Vicente, do Outras Palavras

polêmica em torno do novo Código Florestal ganhou novos contornos esta semana – e eles não são os que esperavam os partidários de uma legislação ainda mais favorável ao desmatamento. Na terça-feira (5/4), os ruralistas organizaram, com fartos recursos, uma “marcha” a Brasília. Procuravam pressionar a Câmara dos Deputados a iniciar imediatamente a votação do substitutivo Aldo Rebelo, que atende seus anseios. A manobra, porém, foi momentaneamente neutralizada. Na quinta (7/4), uma segunda manifestação (na foto) – embora menor – selou um pacto entre ambientalistas e agricultores familiares, em defesa das florestas. No mesmo dia, uma reunião ministerial mostrou que o governo não está, pelo menos por enquanto, alinhado à proposta de Aldo.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Ele quer salvar o mundo!

Ele quer salvar o mundo
Por isso, ele vai salvar o mundo.
Tem o coração bom,
Ele é bom... e ninguém o compreende por isso
Ninguém lhe diz: é isso aí, siga em frente
Todos o criticam... Hipócritas!
Dizem que ele é bom demais...
O que é ser bom demais??
Ajudar quando o outro precisa
Acreditar, quando todos desconfiam
Isso é apenas ser bom.
Ele não vê maldade no mundo
Por isso não se intimida, faz o bem
Sim... A crença no mal destrói o bem
Hipócritas!
Rezam todos os dias em suas camas
“Senhor, abençoe os pobres, os doentes e os perdidos, abençoe-me, Senhor”
Mas se um pobre um doente ou perdido bate a sua porta
Não fazem jus às bênçãos de Deus, desmerecem Deus
Ele vai salvar o mundo,
O meu mundo!


Por Fernanda Aguiar, oferecido ao seu irmão Marcelo Aguiar

Brasil é importante indutor de iniciativas para a sustentabilidade, diz ministra

Paula Laboissière, da Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta sexta-feira (8/4) que o Brasil é um importante indutor de iniciativas que visem à sustentabilidade. Durante o encontro Diálogos sobre Biodiversidade: Construindo a Estratégia Brasileira para 2020, ela disse ainda que o país precisa construir estratégias inovadoras que possam contribuir para a preservação da biodiversidade.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Questão sobre construção de Belo Monte chegará ao STF, diz procurador da República

Agência Brasil

Autorização para hidrelétricas nessas áreas só pode ser feita ouvindo as comunidades indígenas afetadas
Pelo menos duas ações de um conjunto de dez que tramitam na Justiça contra a construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte, no Rio Xingu (PA), chegarão ao Supremo Tribunal Federal (STF). A avaliação é de Ubiratan Cazetta, procurador da República no Estado do Pará e vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República.
“É certo que a questão de Belo Monte vai parar no Supremo”, disse à Agência Brasil. As ações questionam a legalidade da autorização dada pelo Congresso Nacional, em julho de 2005, para que o Executivo fizesse “o aproveitamento hidroelétrico” de Belo Monte, onde há dez terras indígenas. Segundo o Artigo nº 231 da Constituição Federal, a liberação de autorização para hidrelétricas nessas áreas só pode ser feita ouvindo as comunidades indígenas afetadas.
Felício Pontes Jr., também procurador da República no Pará, afirma que o processo de autorização no Congresso ocorreu em menos de 15 dias. “Foi na surdina. Não houve debate”, critica. Segundo ele, o governo “tem medo” de fazer discussão com a opinião pública nacional. “Há alguma coisa de podre que não pode ser do conhecimento da sociedade brasileira”, especula.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Quando chegar o fim

A poesia "Quando chegar o fim" espelha-se e homenageia a luta árdua e "quase" em vão que tantos idealistas da cultura levantam para estabelecer no ceio da sociedade a conscientização do belo, do justo e do ético. Em Capanema no Nordeste do Pará os poetas Paulo Vasconcellos, Stélio Vasconcellos, Beto Buarque, Grupos de Rock como o DDT, artistas plásticos como o Claus, esportistas como Edmar Carvalho, entre outros tantos, se debatem em conturbado, engessado e amordaçado sistema de governo que não encherga um palmo à frente, onde educação e cultura são meros e pequeníssimos coadjuvantes.

Idas e vindas
luta todo o dia,,
o final cotidiano,
o ideal que se esvai.
Porque tanta determinação?
para que suar em demasia?
vejo o homem esgotado,
vi quando ele caiu,
levantou torturado,
frustrado,
sem expressão.
Não reclama,
não agride,
espera, carente,
vive do coração,
mas a razão o consome,
não sabe calcular.
Somente se manifesta,
e quer ser visto,
ser notado,
dizer quem é,
falar que pensa mudar.
Muitos lhe dão ouvidos,
sabem da sua angústia,
mas a agonia não cessa.
Anos e anos torturado,
uma busca incessante,
empurrado pela utopia,
quer mesmo jogar a toalha,
mas essa força lhe empurra,
sedento,
em frangalhos,
se arrastando como serpente.
Não entende que não lhe entendem,
tão claro que é,
é ávido,
se vê no anfiteatro,
a luz sobre si,
os olhos e mentes extasiados,
os braços abertos,
a felicidade de se pôr,
as idéias devoradas, a intimidade invadida.
É o céu ou é o sonho?
não sabe mais, 
foi consumido pelo espetáculo, 
confundiu-se com o personagem.
Será o fim?
o homem do lado lhe diz:
subiu apenas um degrau de uma longa e tenebrosa escada.
Se imaginou só todo o tempo,
escuridão,
solidão,
desilusão,
e agora de olhos abertos,
é que viu gente.
Simbiose,
sintonia,
admiração.
Ele já sabe,
quando chegar o fim...,
não, não, o fim não chegará,
agora é que vai começar!

Nilson Mesquita

domingo, 3 de abril de 2011

FALTOU ALGUÉM NO VELÓRIO DO ZÉ


POR JOSÉ RIBAMAR BESSA FREIRE

Os dois morreram com a mesma idade: 79 anos. Os dois foram abatidos pela mesma doença maligna contra a qual lutaram bravamente por um longo período. José Alencar (1931-2011), vice-presidente do Brasil, câncer no intestino. François Mitterand (1916-1996) presidente da França, câncer na próstata. Ambos tiveram funerais solenes, com pompa de chefe de Estado. No velório do francês, porém, foi registrada uma presença, que esteve ausente no enterro do brasileiro.

Ação do MPF contra bancos que financiam desmatadores é destaque em jornal espanhol

Banco do Brasil, processado por financiar empresas que destroem a Amazônia.  Essa foi a manchete que o jornal El País, um dos mais conhecidos na Espanha, publicou ao abordar as ações civis públicas que o Ministério Público Federal no Pará (MPF) ajuizou ontem (31) contra o Banco do Brasil (BB), o Banco da Amazônia (Basa) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
"O Banco do Brasil, o maior banco público do Brasil e o número um em ativos de todo o setor brasileiro, terá que responder junto como Banco da Amazônia um processo promovido pelo Ministério Público Federal, acusados de terem financiado com dinheiro público empresas com irregularidades ambientais e trabalhistas, conhecidas por ações de destruição da floresta amazônica e até de praticar trabalho escravo", diz a reportagem do jornal espanhol, em tradução livre ao português.
As ações são resultado de uma investigação do MPF, que identificou 55 financiamentos do BB e 37 do Basa para fazendas com irregularidades ambientais, trabalhistas e casos de trabalho escravo.  O Banco do Brasil liberou R$ 8 milhões para fazendas ilegais, e o Basa, R$ 18 milhões.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Isto também é Amazônia, que não se mostra lá fora


Lúcio Flávio Pinto
As regiões metropolitanas de Belém e Manaus, as duas maiores cidades da Amazônia, se aproximam de dois milhões de habitantes, a capital paraense à frente da amazonense. Com seus cinco municípios, a Grande Belém já está com 2 milhões de moradores. Para Manaus atingir essa marca falta pouco mais de 200 mil habitantes. As duas cidades ocupam o 9º e o 10º lugares no ranking nacional.
Com esse tamanho, são cidades grandes em qualquer lugar do mundo. Mais ainda na Europa, cuja urbanização se espraiou muito mais do que no país que adotamos como modelo para quase tudo, os Estados Unidos. Não chegam a duas dezenas as regiões metropolitanas européias com mais de 2 milhões de habitantes. Só um exemplo: com uma extensão territorial 28 vezes menor do que a do Brasil, a Itália tem um terço da população brasileira. E sua maior região metropolitana, a capital, Roma, tem 3,4 milhões de habitantes.