segunda-feira, 22 de junho de 2009

E por falar em cidadania: Excelente a capa da revista Veja

Uma das melhores e mais históricas que já vi. Além de revelar a nossa maior pobreza, a política, nos dá a verdadeira feição dos nossos dirigentes.

Olha o que diz a Manchete:

“Basta de impunidade,
Nós, as pessoas comuns, lembramos aos senhores feudais de Brasília que: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza – Artigo 5º da Constituição”.

Olha o que o Presidente Lula falou:

“o senador (Sarney) tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum”

Lembrei, nas minhas andanças pela Amazônia, do seu Gonzaga, um cearense cabra da peste, caboclo por convicção, que morava no médio Rio Jatapú, afluente do Rio Uatumã, que por sua vez é afluente do Rio Amazonas. Andava com uma espingarda ultrapassada e remava numa velha canoa da cidade de Urucará na margem do grande rio durante 18 horas e chegava a sua casa pra contar “pavulagem”. Como eram felizes aquelas noites do Jatapú, ouvindo suas inesquecíveis histórias. Muitas verdades e muitas mentiras. Era ótimo ficar ouvindo-o contar causos, acocorado no canto da sua cabana, onde eu morava de favor. Foi um dos melhores momentos da minha vida. Os trabalhadores da pesquisa vinham também à noite para ouvi-lo e ríamos muito. Fez história aquele velho da beira do rio.
Me pergunto: o seu Gonzaga era um homem comum, desses citados pelo presidente Lula? Há um grande equívoco aí, muito grande. O seu Gonzaga não. Homens "comuns" como esse estão recebendo de volta o tratamento do homem, do operário que elegeram, aquele homem comum como eles. O que fizeram com ele? Perguntaria o Seu Gonzaga. Lá em Brasília deve haver algum tipo de "mandinga" que muda os homens, diria ele, e com certeza pediria, daquele seu modo norte-nordeste:

Volta “cumpadi”, volta!!!

Enquanto isso, poetizava Caetano Veloso:

"Sou um homem comum, qualquer um, ensinando a si mesmo, que prazer viver como um homem comum."

Não podemos esquecer nunca:

Somos mesmo todos iguais, em todos os sentidos e isso é conquista de homens que realmente fizeram história e podem ser chamados de “Cidadãos do Mundo”.

Nilson Mesquita

Um comentário:

  1. Parabéns,adorei ler a matéria no portalcapanema.
    Seu blog está nota dez,tem futuro.

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