domingo, 30 de janeiro de 2011

Os Rios não são mais eternos


Rio Ouricuri - tubão na Barão de Capanema
Como era bom quando os namorados à margem dos rios faziam suas juras de amor, aquelas correntes perenes, às vezes sob pontes de madeira velha, carcomidas pelo tempo, mas cheias de romantismo. Águas cristalinas, margens enfeitadas de plantas, pântanos ricos em vida, desde bactérias mais simples até quantidades imensas de caranguejos, andando na lama escura em noites não menos densas.

Jamais poderiam imaginar aqueles casais apaixonados que águas tão lindas, que serpenteavam florestas tão nobres, pudessem em tão pouco tempo sumir tragadas pelo desequilíbrio de seus próprios filhos, homens e mulheres que, inconscientes, mal educados quanto aos bens naturais, pudessem tratar recursos da natureza, os mais importantes, com tanta indiferença.

Rio Ouricuri - Ponte na Djalma Dutra na área comercial de Capanema


Em Capanema, cidade no Nordeste Paraense, em plena Amazônia, apenas para exemplificar e evidenciar um caso, os rios, Ouricuri, Garrafão e Capanema, são hoje apenas fantasmas do que foram, extenuados e abafados por tanta sugeira, detritos, que lembram até aquela música do Chico Buarque, "...Joga pedra na Geni, joga bosta na Geni, ela é feita pra apanhar ela é boa pra cuspir, ela dá pra qualquer um, maldita Geni.....", é só substituir a Geni pelos rios e é o que temos em Capanema, um verdadeiro "puteiro" nos rios, no sentido que Cazuza deu quando disse: "...Transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro....". É verdade mesmo, rios tão belos quanto as mulheres de Capanema, cidade da mulher bonita, sendo tratados com desprezo, apenas sendo usados para se locupletar, sem nenhum respeito.
Rio Ouricuri - tubão na Barão de Capanema

Esperamos que algum governante de nossa cidade tenha a coragem de enfrentar comerciantes que invadem ilegalmente as margens dos rios, residências que estão, vejam só, sobre o próprio Rio Ouricuri, punir os incautos agressores das águas e quem sabe tornar-se um parceiro dos rios, criando praças, passeios públicos, orlas e lugares onde os namorados voltem a se amar e sonhar juntos com seus filhos e netos vivendo em uma sociedade sustentável e feliz.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

ONU Mulheres se lança à ação

Kanya D’Almeida, da IPS

As mulheres dão vida a todas as crianças, cultivam 70% do alimento e respondem por 60% do trabalho realizado no mundo, mas só recebem 10% da renda. O momento de agir para dar poder às mulheres não admite mais demoras, afirmou Michelle Bachelet, subsecretária-geral adjunta e diretora-executiva da nova entidade da Organização das Nações Unidas (ONU) dedicada à igualdade de gênero, ao apresentar sua visão e seu plano de ação para os próximos cem dias.
“É inaceitável que 75% das mulheres e meninas sofram violência física ou sexual em algum momento de sua vida ou que haja apenas 19 chefes de Estado entre os 192 membros da ONU”, disse Michelle, no dia 25, na sede das Nações Unidas. A disparidade de 41% na participação econômica e de 82% na política é motivo de grande preocupação, insistiu.
A ONU Mulheres é o resultado de vários anos de negociações, planejamento estratégico e árduas campanhas em busca de dinheiro. Formalmente criada em julho de 2010, a nova entidade reuniu quatro organismos: Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem), Divisão para o Progresso da Mulher, Instituto Internacional de Pesquisas e Capacitação para a Promoção da Mulher (Instraw) e Escritório do Assessor Especial em Questões de Gênero (Osagi).
As prioridades da ONU Mulheres para os próximos meses incluem abordar com seriedade o assunto da violência, incentivar e melhorar suas vozes, sua liderança e participação nos âmbitos nacional e internacional, priorizar seu papel na agenda de segurança e paz, dar poder econômico às mulheres e conseguir que as desigualdades de gênero ocupem um lugar central no planejamento orçamentário nacional e internacional.
O entusiasmo e a ambição de Michelle não são compartilhados por ativistas e acadêmicas, entre outras, que estão preocupadas, inquietas e até se mostram cínicas a respeito da capacidade desse novo órgão. Desde o começo, a ONU Mulheres esteve envolvida em controvérsias, especialmente após a polêmica eleição da Arábia Saudita como contribuinte da Junta Executiva, em novembro.
A presença da Arábia Saudita envia um “sinal horrível às mulheres que haviam depositado suas esperanças na nova agência”, afirmou Philippe Balopion, diretor da Human Rights Watch (HRW) para relações com a ONU. Philippe se mostrou consternado por um país com desastrosos registros em matéria de violações de direitos femininos e leis internacionais poder ter “comprado um assento” na nova agência mediante generosa contribuição. Também condenou a presença de um representante congolês devido “aos níveis escandalosos de violência sexual contra as mulheres na República Democrática do Congo”.
A chefe de assuntos externos da organização Voluntary Service Overseas United Kingdom (VSO UK), Kathy Peach, acredita que os jogos políticos podem minar seriamente o importante trabalho da ONU Mulheres. “Sinceramente, espero que as políticas nacionalistas não tenham um impacto significativo sobre o que faz a ONU Mulheres, como e onde opera. É uma oportunidade histórica que o fórum mundial simplesmente não pode deixa escapar”, disse Kathy à IPS.
“Do ponto de vista da sociedade civil, realmente não podemos ver mais mulheres morrendo enquanto os Estados-membros fazem seu jogo político. Não pode haver uma nem duas vozes capazes de influir e criar obstáculo aos objetivos da ONU Mulheres”, acrescentou Kathy. “É preocupante o fato de esta agência já ter um déficit inicial de US$ 300 milhões no orçamento fixado pelos Estados-membros. Inclusive, a cifra de US$ 500 milhões não é realista, segundo nossos padrões, para conseguir as mudanças que são absolutamente necessárias para atender a desigualdade e a discriminação arraigadas que sofrem as mulheres”, afirmou.
Há alguns anos, a VSO UK reclama orçamento anual de US$ 1 bilhão, quantia que deverá aumentar gradativamente. “Em comparação com os orçamentos de outras agências similares, como Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) que em 2003 recebeu US$ 3 bilhões, observa-se que US$ 1 bilhão é uma quantia moderada”, afirmou Kathy. Sua organização decidiu lançar em janeiro a campanha de “madrinhas” para apoiar e ajudar a ONU Mulheres a cumprir seus objetivos.
(IPS/Envolverde)

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cinco bilhões de habitantes em 70 anos

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A humanidade gastou um tempo enorme para chegar a 2,5 bilhões de habitantes, no ano de 1950. Mas chegou a 5 bilhões em 1987 e deve chegar a 7,5 bilhões em 2020, segundo dados da divisão de população das Nações Unidas. Ou seja, em apenas 70 anos, o mundo terá acrescentado 5 bilhões de habitantes, o dobro alcançado em milhões de anos de evolução da raça humana.
Em parte este alto crescimento demográfico pode ser comemorado, pois o aumento do número de habitantes veio acompanhado do aumento da esperança de vida ao nascer (que na média mundial era de 46 anos em 1950 e de 68 anos em 2010), do aumento médio da renda per capita, da redução do percentual da população que passa fome, das melhorias dos níveis educacionais e das condições de moradia, etc. Embora ainda exista muita desigualdade no mundo, houve melhoras nas condições gerais de vida. A taxa de pobreza extrema do mundo deve se reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, se os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio forem realmente alcançados.
Mas o “sucesso” do crescimento demográfico se deu a custa de uma grande pressão sobre o meio ambiente, com aumento dos gases poluentes, redução das reservas de recursos naturais e a diminuição da biodiversidade. Para que a humanidade aumentasse em tamanho e em nível de consumo, muitas espécies de plantas e animais pagaram com a própria extinção. Mas a poluição e o empobrecimento da biosfera não entram nos cálculos do Produto Interno Bruto.
Além disso, o crescimento da população, da produção e do consumo estão ameaçando a vida no planeta com a redução das florestas e das fontes de água potável, o crescimento da seca e das áreas dessertificadas, a acidez do solo e das águas e o aquecimento global que pode tornar inviável a existência humana na Terra.
A revolução verde (aumento da produção de alimentos) e o avanço tecnológico evitaram que o crescimento populacional fosse acompanhado de aumento das taxas de mortalidade. Por exemplo, a construção da represa de Assuã, no Egito, criou no alto Nilo, um reservatório de 43 milhões de m³ de água, capaz de garantir uma vazão máxima de 11 mil m³ por segundo e de gerar a produção de 2,1 gigawatts de energia.
A represa de Assuã entrou em operação em 1967 e gerava mais de 50% de toda a energia elétrica do Egito e abastecia a produção irrigada de alimentos ao longo do rio, que é a base da vida do país. Em 1967 a população do Egito era de 33 milhões de habitantes. Em 2010, com uma população de 85 milhões de habitantes, a represa produz apenas 10% da energia necessária e a vazão da água do reservatório não é capaz de garantir a irrigação das áreas agricultáveis e atender às necessidades do consumo pessoal e econômico do país. O Egito vive uma grande escassez de água e energia para as suas dimensões demográficas atuais. Considerando as dimensões populacionais para as próximas décadas (130 milhões de habitantes em 2050) o cenário é sombrio, se não forem criados, por exemplo, maneiras de aproveitar a riqueza dos ventos e do sol do deserto.
Bangladesh é outro caso de degradação das condições ambientais devido à alta densidade demográfica. O país do sul da Ásia tem poucas elevações acima do nível do mar e possui uma grande planície cortada pelo delta dos rios Ganges, Brahmaputra e Meghna e seus afluentes. O aproveitamento das terras férteis de aluvião para a plantação de arroz e de outros produtos possibilitou o crescimento da população de 43 milhões em 1950 para 165 milhões em 2010, com projeção para alcançar 222 milhões, em 2050. Este crescimento populacional de cinco vezes, em cem anos, tem gerado grande insegurança alimentar. Para piorar a situação, a elevação do nível do mar, em um país com uma das mais altas densidades demográficas do mundo, reduz a disponibilidade de água potável e saliniza as terras agrícolas. Até 2050, cerca de 25 milhões de pessoas poderão ser desalojadas pelos efeitos do aquecimento global, aumentando as estatísticas dos “deslocados e refugiados climáticos”.
Estes e outros exemplos vão ser objetos de discussão na Conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, Rio + 20, que acontecerá em maio de 2012. O capítulo 5 da Agenda 21, da Rio-92, já reconhecia que “o crescimento da população mundial e da produção, associado a padrões não sustentáveis de consumo, aplica uma pressão cada vez mais intensa sobre as condições que tem nosso planeta de sustentar a vida”.
Portanto, as questões da dinâmica demográfica não podem ficar de fora da discussão sobre a Economia Verde e Inclusiva que vai ser o tema central da Rio + 20. A humanidade precisa encontrar maneiras de se autorregular e de reinventar sua organização social e econômica, garantindo a convivência harmônica com todas as formas de vida da Terra.
José Eustáquio Diniz Alves é doutor em demografia e professor titular do mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais da Escola Nacional de Ciências Estatísticas – Ence/IBGE. As opiniões deste artigo são do autor e não refletem necessariamente as daquela instituição. Este artigo foi publicado originalmente no portal Ecodebate.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Amazônia Pós-Desmatamento - Uma agenda para a nova década

Por Mary Allegretti

Fonte: Blog da Mary Allegretti / Amazônia.org


O grande problema da Amazônia – o desmatamento – em torno do qual reuniram-se cientistas, pesquisadores, ambientalistas, seringueiros, opinião pública internacional e muitos outros atores, nas últimas três décadas, está se transformando em questão corriqueira de gestão ambiental.  Essa é uma oportunidade que não se pode perder de mudar a agenda e substituir ações de comando e controle por um coerente plano de desenvolvimento sustentável estratégico.
A agenda da nova década poderia iniciar pela separação entre o que é consenso e o que é polêmico para diferentes grupos de interesse: produtores rurais e urbanos, pequenos, médios e grandes, setor privado, governos, sociedade civil, parlamentares, cientistas e pesquisadores.  Para os temas consensuais, seria formulado um plano de ação pragmático, racional, eficiente e operacional; para os polêmicos, um processo de construção de consenso entre as partes divergentes com prazo para terminar para que os temas passem a fazer parte da agenda.  O eixo principal nos dois grupos seria a valorização da Amazônia para as atuais e futuras gerações.
O QUE É CONSENSO
1. Investir em infraestrutura social rural, florestal e urbana para melhorar a qualidade de vida das pessoas (educação, saúde, segurança, saneamento, habitação, urbanização).
2. Adotar incentivos para a valorização econômica (industrialização) das atividades baseadas no uso do capital natural.
3. Ajustar as atividades econômicas tradicionais a critérios de sustentabilidade.
4. Regularizar o sistema de propriedade.
5. Priorizar investimentos em educação, ciência, tecnologia e inovação.
6. Fortalecer e modernizar o sistema regional de gestão ambiental.
7. Ajustar os programas de distribuição de renda às características da pobreza na região.
8. Transformar as unidades de conservação em áreas de exemplares para a conservação da biodiversidade, o uso sustentável e a pesquisa.
9. Proteger as fronteiras contra o narcotráfico e as guerrilhas.
10. Coordenar as ações do governo federal para a região em articulação com estados e municípios.
O QUE É POLÊMICO
1. Processo de licenciamento de obras de infraestrutura e de atividades econômicas impactantes.
2. Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
3. Reabertura da BR 319 ligando Porto Velho a Manaus.
4. Revisão do Código Florestal.
5. Zoneamento Ecológico-Econômico.
6. Especulação fundiária.
7. Exploração madeireira ilegal.
8. Expansão da pecuária e da soja sobre a floresta nativa.
9. Exploração mineral sem benefícios sociais.
10. Unidades de conservação sobrepostas a terras indígenas.
BALANÇO
Os itens consensuais traduzem a demanda por desenvolvimento social e econômico que é premente na região e a necessidade de valorizar o que distingue a Amazônia no cenário nacional e internacional que é o seu capital natural.  O dissenso está principalmente associado a uma questão complexa, a do modelo de desenvolvimento que se quer para a região.
Os últimos governos, de FHC a Lula, colocaram a infraestrutura como prioridade (estradas e hidrelétricas), associada ao agronegócio e à produção de energia, e foram atropelando as normas, as críticas e a oposição.  Mas as obras de infraestrutura não fazem parte de um plano estratégico para a região.  O PAS (Plano Amazônia Sustentável) tinha esse objetivo originalmente, mas perdeu a magnitude que a região requer e passou a apoiar iniciativas pontuais, ainda que importantes.
Não se pode continuar ignorando a existência de conflitos em relação ao modelo, fazendo de conta que são questões passageiras que serão resolvidas com condicionantes a licenças ambientais.  Não se trata de minorar impactos mas de decidir onde se deve investir, em qual infraestrutura e como associar outros investimentos, tão urgentes quanto, em qualificação de recursos humanos e em tecnologia, por exemplo.  A Amazônia também pode fornecer energia ao país mas para isso precisa ser compensada pela proteção aos recursos naturais que permitem que esse bem seja produzido.
A falta de investimentos em infraestrutura tem gerado uma situação crítica nas áreas nas quais estão sendo implantados projetos de geração de energia: nem tudo pode ficar por conta dos empreendimentos, assim como nem tudo pode ser feito pelos municípios onde os empreendimentos se instalam.  Quem arca com o déficit acumulado em saúde e segurança, por exemplo, quando uma cidade se transforma em um canteiros de obras de uma usina hidrelétrica?  Cada obra do PAC deveria vir acompanhada de investimentos específicos para os municípios se equiparem para enfrentar os impactos sociais gerados pela obra, em parceria com os investimentos que serão feitos pelo empreendimento.
Agenda da nova década
É preciso parar de olhar a Amazônia como se fosse o quintal do Brasil de onde se tira uma série de vantagens (energia, minérios, equilíbrio climático, água) e não se dá quase nada em troca, ficando o ônus por conta dos estados, municípios, da sociedade e da iniciativa privada.
Não precisar correr atrás do prejuízo ambiental é uma oportunidade de olhar a Amazônia com olhos de Amazônia e perguntar o que é melhor para quem vive lá, o que a Amazônia pode oferecer para o país e o que o país pode fazer por ela.  Esse é o desafio da nova década.
Seria oportuno assumir que não há necessidade de fazer mais debates, simpósios, seminários sobre o futuro da Amazônia até que estes pontos consensuais virem programas de governo.  É suficiente organizar a informação, as experiências, os projetos existentes, para cada grande tema e construir uma agenda de ação.  Todos os temas importantes para a Amazônia vêm sendo abordados em livros, artigos, filmes, documentários, há pelo menos três décadas, e mostram as oportunidades que o Brasil está perdendo ao não compreender a região mais cobiçada do planeta.  Ter uma presidente que valoriza argumentos, dados e análise lógica, pode ser um ponto a favor.
A segunda década do século 21 poderia ser diferente para a Amazônia; poderia ser uma década de menos discurso e mais ação.  Já sabemos o suficiente para executar um bom plano de desenvolvimento.  O que nos falta é a determinação de criar uma instância de coordenação de políticas, com capacidade executiva, para transformar em realidade tudo que já se falou sobre o presente e o futuro da região.  O que também falta é uma instância de construção de consenso para aqueles pontos polêmicos que não podem esperar mais uma década para virar realidade.  A grande oportunidade de mudar a Amazônia é agora, quando a queda das taxas de desmatamento permite que se invista nas potencialidades do desenvolvimento sustentável regional.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Ibama está de olho na pecuária do Pará



Operações deste ano darão prioridade à fiscalização de áreas onde se produz carne

Evandro Corrêa

Agentes do Ibama farão mais de 90 operações no interior do Pará em 2011, principalmente nas regiões sul, sudeste e oeste do Estado, visando combater ilícitos ambientais como desmatamento ilegal, biopirataria, pesca predatória, queimadas não autorizadas, tráfico de animais e degradação de áreas com o plantio de organismos geneticamente modificados.  Haverá aumento das ações de fiscalização na cadeia produtiva da carne bovina (vistorias em áreas embargadas, apreensão de gado pirata e fiscalização no transporte de gado).  O local e a data de cada operação constam do Plano Nacional de Proteção Ambiental 2011 e foram planejados por todos os chefes e coordenadores de fiscalização, combate a incêndios, monitoramento ambiental e emergências ambientais do Ibama no país, durante dez dias de reuniões.
O Plano prevê também ações de prevenção e de combate a incêndios florestais e atividades relativas a emergências ambientais.  No ano de 2010, o Ibama desencadeou 40 operações de fiscalização de médio e grande porte no Pará para combater crimes ambientais.  As maiores operações ocorreram nos municípios de Marabá, Tucuruí, São Félix do Xingu, Altamira, Dom Eliseu e Ulianópolis.
O instituto requisitou neste período 187 fiscais em todos os estados do país.  Junto com o efetivo do Ibama no Pará, eles atuaram, principalmente, em defesa da floresta amazônica, combatendo desmatamentos.  As operações contaram com mais de 300 homens em campo ao longo de 2010, que foram responsáveis pela aplicação de 2.112 autuações e um total de R$ 995 milhões em multas, além de 1.132 Termos de Apreensão e Depósito.
De acordo com o Ibama, em 2011 o número de operações vai mais que dobrar, uma vez que serão mais de 90 operações só no Pará e 1.300 em todo o país, sendo que grande parte delas vai combater o desmatamento ilegal da floresta nativa amazônica para a criação de gado, nos moldes da operação Boi Pirata I e II.
Também merecem destaque as ações planejadas para reprimir o tráfico de fauna, a pesca predatória e o comércio ilegal de madeira.  As operações no Pará começam ainda este mês.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Com licença de novo, minha filha passou no vestibular de medicina na UEPA e na UFPA

Nanda,
Valeu teu esforço, essa é a tua vitória, da dedicação, da persistência, dos dias sem dormir, dos pesadelos numéricos, dos monstros biológicos, etc. Que sejas sempre assim. Buscar os objetivos de forma determinada e firme, sem vacilar, sem porém, passar por cima de ninguém. Que sejas uma médica para o mundo e não que o mundo seja para ti.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Proporção de tragédias como a da região serrana do Rio pode ser menor com medidas preventivas

Thais Leitão, da Agência Brasil

A tragédia na região serrana do Rio de Janeiro talvez não pudesse ser evitada, porque o volume de chuvas que atingiu os municípios da área foi muito grande, mas se tivessem sido tomadas medidas preventivas adequadas, o número de mortes em consequência das inundações, dos deslizamentos de terra e dos desabamentos poderia ser bem menor. A avaliação é do presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Agostinho Guerreiro.
De acordo com ele, o país conta com diagnósticos feitos por inúmeros especialistas sobre os perigos de se construir em locais irregulares, soluções técnicas e recursos para reduzir o déficit habitacional e evitar que a população construa suas casas em áreas de risco. O assunto, no entanto, segundo Guerreiro, não foi tratado como prioridade pelos governos pelo menos nos últimos 30 anos.
“Essa tragédia está em gestação há décadas porque toda a Mata Atlântica vem sendo destruída ali e isso é fatal, principalmente em regiões serranas. Quando descoberta parte do terreno, [a água da chuva] arrasta lama, pedra, terra. É evidente que houve uma chuva muito grande, mas os prejuízos poderiam ser muito menores se houve manutenções preventivas, cuidado com a natureza, evitar a urbanização como foi feita, construindo em lugares de risco, tirando árvores e colocando no lugar residências”, afirmou.
Ele defende que o processo de liberação de construções seja mais rigoroso por parte das prefeituras em todo o país e que as autorizações só sejam concedidas mediante laudos geotécnicos criteriosos garantindo a ausência de riscos. “A maioria das prefeituras está desaparelhada, com poucos técnicos, mas isso é fundamental para evitar mortes”, acrescentou.
Segundo o presidente do Crea-RJ, esses problemas são verificados em todo o país, já que todos os anos há ocorrências de tragédias semelhantes em diversas regiões. Para ele, a chave para evitar tais catástrofes está no “planejamento sistemático, governo após governo, a médio e longo prazos”.
Guerreiro também destacou que é preciso reduzir de forma definitiva o déficit habitacional no país, de quase 10 milhões de moradias, com ampliação dos investimentos na questão habitacional. “As verbas emergenciais que aparecem após os desastres são importantes para evitar mais mortes e resolver a situação na hora, mas não o problema do próximo verão. O sobrevivente da tragédia deste ano pode ser a vítima do verão seguinte”, alertou.
Agostinho Guerreiro também acredita que o país tenha recursos suficientes para investir nessa área. “Na década de 80, os governos podiam usar o argumento de falta de recursos porque o crescimento da economia brasileira era praticamente inexpressivo, mas, nos últimos anos, temos crescido num ritmo importante, também temos os recursos do pré-sal e de outros eventos da economia”, enfatizou.
(Agência Brasil)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Sustentabilidade deve ser ensinada e praticada na escola

Marcus Eduardo de Oliveira *

Sustentável, estável, durável e ecologicamente correto. Parcimonioso para com a natureza visando assim assegurar vida plena. De forma concisa e sem delongas, é por meio desses conceitos (que melhor seria chamá-los de filosofia ecológica) que a vida - o bem mais valioso que nos foi dado - deve ser enxergada e ensinada.
Partindo dessa abordagem, de resguardar e preservar a vida qualitativamente, devem nossos alunos ao ingressarem na escola se dar conta de que possuem uma relação muito especial para com a natureza.
Desde os primeiros contatos com a prática de ensino-aprendizagem, os alunos precisam ser informados conceitualmente que a verdadeira qualidade de vida só é possível mediante a preservação ambiental. Mais tarde, quando na prática entenderem o significado de um sistema econômico, saberão ao certo que a produção, para que aconteça a contento, precisa (e deve) ser combinada com a idéia da preservação. Assim, lá na frente, nossos futuros jovens profissionais terão ciência para discernir que a economia (ciência e atividade produtiva) deve se “afinar” com a ecologia para juntas buscarem proporcionar vida com qualidade e qualidade de vida a todos.
Na essência das primeiras tarefas escolares, os alunos precisam ter em mente conceitos como reciclagem e transformação do lixo, reuso da água, economia de energia, aproveitamento de materiais descartáveis, preservação das espécies, consumo moderado. É desejoso incutir no imaginário da garotada a idéia central da necessidade de termos um “Futuro Comum”. Por que isso? Simplesmente porque a decisão de cada um, mesmo ainda na fase da infância e da pré-adolescência, se baseia num amplo processo de escolhas. E essas escolhas esbarram na necessidade de se pensar a vida no futuro.
Enquanto não houver consenso que nossas necessidades atuais para serem atendidas devem passar pelo irrestrito respeito ao meio ambiente, permitindo com isso que às gerações vindouras também tenham chance de participar do processo de escolhas, nosso dito “futuro” corre sério risco de ser algo nada agradável.
Dessa forma, a idéia de sustentabilidade é, grosso modo, olhar para o futuro para que tenhamos plenas e dignas condições de sobrevivência. Para que isso ocorra, nada melhor que trabalhar logo nos primeiros anos de ensino-estudo-aprendizagem, conceitos fundamentais de preservação ambiental incutindo no dia a dia dos alunos o cabedal da pedagogia ecológica.
É fundamental, nesse sentido, repensar e discutir com a geração que certamente fará o mundo se movimentar no desenrolar desse século XXI os atuais padrões de consumo e todas as alterações climáticas envolvendo escassez de água, seca, aquecimento global e a extinção de plantas e animais.
Nossos alunos, no momento certo, devem começar a ser informados da existência de um sistema econômico que no ato de produzir qualquer coisa perturba e destrói os sistemas naturais da Terra.
Contudo, não é necessário nem recomendável, evidentemente, aprofundar-se conceitos como a existência de limites naturais ou mesmo da “pegada ecológica”. Deve-se apenas - e tão somente -, nos estudos iniciais, reforçar a idéia crucial que para se produzir algo a economia precisa antes salvaguardar o meio ambiente; caso contrário não haverá continuidade. Isso é tarefa e compromisso que também cabem a cada aluno no trato diário de seus afazeres.
Entendemos que nesse pormenor se encaixa perfeitamente a idéia de trabalhar com o alunato conceitos de uma economia sustentável e ambientalmente saudável, implicando parcimônia no uso dos recursos naturais. A idéia central aqui defendida, baseando-se nos pontos principais que norteiam a “pedagogia ecológica” como pano de fundo, é que o alunato não perca de vista que, por trás de todos esses conceitos e preocupações ecológicas mencionadas, é a vida (e somente a vida) que estamos discutindo. Vida essa que para ser essencialmente bem vivida, deve antes ser recheada de qualidade e bem-estar. E qualidade e bem-estar na vida de qualquer um, pensando primeiramente no ar que respiramos, na água que bebemos, nas frutas que comemos, na saúde que teremos, independente da condição sócio-econômica, passa pela única porta de entrada para isso: respeitar o ambiente para salvá-lo de nossa brutal agressão.
* Marcus Eduardo de Oliveira é economista brasileiro, especialista em Política Internacional. Articulista do site “O Economista”, do Portal EcoDebate e da Agência Zwela de Notícias (Angola)
(Adital)

domingo, 9 de janeiro de 2011

Com licença, minha filha passou no vestibular de Medicina

O nome dela é Fernanda Aguiar Rodrigues, passou no vestibular de medicina na UEPA - Universidade Estadual do Pará em 2011.
O vestibular apesar de criticado tem a função de trazer felicidade a muitas famílias, é certo também que traz tristeza para muitas outras que se esvaem em choro e se reprogramam para os próximos embates dos anos vindouros.
A Fernanda por exemplo herda a felicidade do seu próprio esforço e luta, menina centrada, paciente e muito persistente, que estudou exaustivamente o ano inteiro, sem trégua para festas, alegrias com amigos, namorados, etc. Só não deixou a dança, pois é uma bailarina dedicada e muito entusiasta das coregrafias do rítmo.
O vestibular talvez seja a primeira grande batalha da vida de um jovem sonhador, muitos como na guerra vão em frente e outros vão ficando pelo caminho, muitas amizades se desintegram, mas aquelas verdadeiras ficam assim mesmo, para sempre, apesar dos derrotados e vitoriosos nessa batalha do tempo e espaço.
Engraçado é o trote, um apelo a alegria, um estravazamento de energias contidas, muito necessário, mas deve ser sempre sem excessos.
Registro aqui minha alegria de pai, um sonhador também, mas principalmente pela felicidade dos filhos, pois o melhor de tudo é que seja qual for suas profissões que sejam homens e mulheres de bem.

sábado, 8 de janeiro de 2011

FLORESTAS SOB RISCO DE DESMATAMENTO

A maior parte das florestas sob risco de desmatamento na Amazônia concentra-se no Pará (67%) e Mato Grosso (13%). A conclusão consta da primeira edição do Boletim de Risco de Desmatamento, publicado neste sábado (8) pela organização Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), sediada em Belém (PA).

O boletim do Imazon apresenta o risco de desmatamento em municípios, Áreas Protegidas, Assentamentos e áreas privadas, devolutas ou sob conflitos por posse, para o período de agosto de 2010 a julho de 2011.

Áreas privadas, devolutas ou em conflitos por posse concentraram 59% das áreas de florestas sob maior risco de desmatamento. Outros 25% estão dentro de assentamentos de reforma agrária. As Unidades de Conservação e Terras Indígenas concentram 12% e 4% das áreas sob risco de desmatamento, respectivamente.

Vários municípios foram classificados com risco alto, sendo a maioria no Pará. Novo Progresso e Novo Repartimento foram classificados pelo Imazon com risco crítico de desmatamento (área e intensidade do risco altos).

Os três municípios com maior área sob risco de desmatamento são São Félix do Xingú, Altamira e Novo Progresso, todos no Estado do Pará, acumulando 22.6% do total.

O modelo usado para determinar o risco de desmatamento é baseado em técnicas geoestatísticas. Elas permitem, segundo o Imazon,  estimar, de forma explícita, o risco de desmatamento futuro com base na distribuição espacial do desmatamento passado.

O modelo também leva em conta fatores que contribuem para a ocorrência do desmatamento: proximidade de estradas e rios navegáveis, custo de transporte de madeira, topografia, elevação de terreno, declividade e unidades de conservação.

O resultado do modelo é um mapa de probabilidade de desmatamento na Amazônia para células de 1 quilômetro quadrado.

As informações foram combinadas para classificar as áreas de florestas em quatro categorias de nível de risco de desmatamento: baixo (<10km2), moderado (10 a 100km2), alto e crítico (>100km2).


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Boa Notícia - Brasil lidera economia da cultura na América Latina

O Brasil é o país da América Latina com o maior saldo positivo no comércio exterior de produtos e serviços ligados à indústria criativa - que abrange áreas tradicionais da cultura (como música, TV, cinema e artes plásticas), mas também artesanato, comunicação, design, arquitetura e itens ligados às novas tecnologias. Em 2008, as exportações brasileiras superaram as importações em US$ 1,74 bilhão, segundo o Relatório de Economia Criativa de 2010, publicado pelo PNUD e pela UNCTAD (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).

Das 13 nações da região com volumes mais expressivos de fluxo comercial nessa área, apenas quatro registraram superávit: Peru (US$ 251 milhões), Argentina (US$ 55 milhões) e Bolívia (US$ 4 milhões), além do Brasil. Os maiores déficits são de Venezuela (US$ 2,19 bilhões) e México (US$ 1,51 bilhão).
Ao longo dos seis anos analisados no estudo, o Brasil aumentou tanto o volume de exportação quanto o de importação de bens e serviços ligados à indústria criativa. Mas o grande responsável pelo resultado brasileiro são os serviços, cujo superávit saltou de US$ 477 milhões em 2002 para US$ 2,24 bilhões, em 2008.
No período analisado, o país foi sempre o que mais importou e mais exportou serviços da indústria criativa na América Latina, e registrou superávit todos os anos. O segmento que mais alavanca as exportações é o arquitetônico, que em 2008 respondeu por 88% das vendas (US$ 5,59 bilhões) e 71% das compras (US$ 2,92 bilhões).
Nos produtos o cenário é um pouco diferente. O Brasil tem grande participação nessa área, mas fica atrás do México - as exportações mexicanas alcançaram US$ 5,17 bilhões, e as brasileiras, US$ 1,2 bilhão. O país vizinho aos Estados Unidos, contudo, também importa mais (US$ 6,54 bilhões em 2008, contra US$ 1,72 bilhão do Brasil) e tem déficit maior. A balança comercial brasileira de produtos da indústria criativa vinha sendo positiva até 2007, mas ficou no vermelho em 2008 (déficit de US$ 506 milhões).
Carnaval
O estudo da UNCTAD e do PNUD afirma que o Carnaval é um dos principais impulsionadores da indústria criativa no Brasil. O impacto se dá pela “produção direta de artigos e performances gravadas para a venda para a população local e aos turistas, e pelos efeitos indiretos dos gastos dos turistas cujas visitas foram estimuladas pelo Carnaval”.
A festa ajuda ainda a desenvolver as habilidades dos artistas locais, e impulsiona a venda de produtos e de negócios elaborados por conta da celebração. “O Carnaval oferece uma concentração de performances de música e dança ao vivo e gravadas que têm um significado cultural considerável para o público nacional e internacional”, destaca o relatório.
Uma pesquisa, mencionada no estudo, sobre a cadeia associada ao Carnaval no Rio de Janeiro aponta que a festa, com retorno anual estimado em US$ 600 milhões, emprega quase meio milhão de pessoas e tem impacto direto e indireto na economia, não apenas da cidade, mas do estado.
Outra contribuição para o aumento das exportações de bens e serviços criativos na América Latina foi a retomada da produção cinematográfica na região, particularmente em Argentina, Brasil e México. Porém, o relatório avalia que os filmes nacionais continuam lutando por um espaço na tela com os grandes sucessos estrangeiros. Raramente ficam entre os dez mais vistos nos países, e a participação deles no mercado fica bem atrás das produções internacionais.
A novela é outro produto que ajuda a impulsionar a economia criativa latino-americana. “Na produção televisiva, há casos de sucesso, como a Televisa, no México, e a TV Globo, que são os maiores exportadores de programas de televisão - em sua maioria, novelas - para mercados mundiais”, diz o texto.
Fonte: Prima Pagina/MercadoÉtico

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Governo do Acre regulamenta uso do daime


As organizações religiosas do Acre que utilizam a ayahuasca, também conhecida como hoasca ou daime, em seus rituais terão que pedir autorização e seguir regras para extrair, coletar e transportar o cipó e a folha usados no preparo do chá alucinógeno.

A resolução foi publicada pelo governo do Acre na quarta-feira (22). A elaboração das regras contou com a participação de igrejas daimistas.
Agora, as entidades religiosas que extraem, coletam e transportam o cipó jagube e a folha chacrona no Estado deverão constar em um cadastro elaborado pelo Imac (Instituto de Meio Ambiente do Acre).
De acordo com a resolução, as entidades só poderão utilizar 4.800 kg de cipó e 720 kg de folha, anualmente, ou 1.200 kg de cipó e 180 kg de folha, em cada coleta. A resolução também determina quais são as técnicas de corte que devem ser utilizadas na extração das folhas e do cipó.
Caso as igrejas necessitem consumir cipó ou folhas acima da cota permitida, deverão justificar e comprovar a necessidade do aumento de consumo. A fiscalização e a análise dos casos serão realizadas pelo Imac.
Se a extração for superior à declarada, a autorização será automaticamente suspensa.
As entidades ainda deverão ter sede e comprovar que atuam no Estado do Acre, além de informar o local em que preparam o chá, o número de membros da entidade, o consumo médio anual e a quantidade de litros de chá produzido.
Já o plantio, extração, coleta e transporte com o fim comercial ou lucrativo do cipó e a folha não serão autorizados.
As entidades têm 12 meses para se cadastrar e se adequar à resolução. Depois disso, quem for encontrado transportando ou coletando o cipó e as folhas sem autorização terá o material apreendido.

Fonte: Folha On line

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cidadão Planetário: Marcelo Tas, um ícone da cultura no Brasil



O mundo fica melhor quando pessoas como Tas resolvem nos brindar com seu talento e sabedoria.  

Conscientização em sustentabilidade

Brasil faz doação recorde de alimentos para ONU

Alessandra Ribeiro, da Rádio ONU

O Programa Mundial de Alimentos, PMA, vai receber 500 mil toneladas de comida do Brasil. O volume é a maior doação já feita pelo governo brasileiro e coloca o país na lista dos dez maiores doadores da agência.
Segundo comunicado, os alimentos serão destinados a países em situações de emergência ou afetados por desastres naturais e conflitos, principalmente na África e América Latina.
Fome
A diretora-executiva do PMA, Josette Sheeran, comemorou a contribuição do Brasil. Segundo ela, a doação irá saciar a fome de milhares de pessoas.
O comunicado diz ainda que o PMA pretende trabalhar com a “presidente eleita Dilma Rousseff, ampliando a visão humanitária e a liderança do país na luta contra a fome.”
Em visita ao Brasil este ano, a diretora-executiva do PMA conheceu de perto o programa Fome Zero, implantado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A diretora acredita que o Brasil pode ajudar a promover políticas de combate à fome, compartilhando experiências com outras nações emergentes.
(Rádio ONU)
Fonte: Mercado Ético

domingo, 2 de janeiro de 2011

Como Tapear um Ambientalista

1. tire proveito do comodismo dele e pregue a defesa de ecossistemas bem distantes dele, assim ele não se sentirá provocado a arrumar problemas onde mora, para defender o que está debaixo do nariz dele, ele poderá brincar em frente ao computador - isso pode ser aplicado a outras causas, é fenomenal. Então, sob o nariz dele meta empreendimentos imobiliários, destrua a arborização publica, deixe a estação de esgoto trabalhar mal, meta cloro na água suspeita que vc oferece a ele, instale industrias poluidoras na zona que deveria ser agricola ou de preservação, jogue tudo de ruim no rio que passa escondido debaixo do asfalto, libere os gatos que vc não quer dentro do parque, venda lotes dentro do manguezal que ele não vê, raspe o mar com muitas redes, etc, etc, etc.
2. diga a ele para defender leis e propostas ambientalistas mirabolantes, alimente seu idealismo, seu romantismo, então, aproveite para distribuir seus santinhos eleitorais e para encher os orgãos publicos - incumbidos de fazer as leis funcionarem - de afilhados teus, vagabundos de plantão, parasitas, que irão sugar destes orgãos os recursos, para o teu partido, para a tua futura candidatura e para os seus parceiros e financiadores ocultos, como os especuladores imobiliários, que adoram um partido folha ou uma ONG marqueteira. Com essa tropa de idealistas tolos vc poderá chantagear os teus adversários, os grupos economicos que se negam a te financiar, vai ser sopa no mel.
3. arrume um esquema internetico para o sujeito clicar e patrocinar uma causa, arrume uma area degradada, uma mão de obra sem direitos trabalhistas e umas mudas bem sem-vergonhas, lance isso na internet, chame do que quiser, tipo "bolsa arvore", "banco mudas", etc, etc. Cada clique uma muda será plantada, da forma mais barata e precaria, mas ninguem irá saber, porque ninguem irá fiscalizar isso, nem o patrocinador, que pensará estar gastando 5 reais por muda quando vc estará pagando 0,50, kkkk. 26/12/10 (7 dias atrás) Salvador
4. junte meia duzia de professores universitarios mercernários, espertos, destes que vivem mais atrás de bocadas e representações de produtos e serviços tecnologicos, junte-os para formar um curso destes tantos que pululam o cenário ambiental, faça boa divulgação, ponha uma ONG na fita se precisar e faça seu cofre pro fim de ano.

Por Salvador da comunidade do orkut:  http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=165428&tid=5555008755692169281