segunda-feira, 11 de abril de 2011

Ainda não!

Quem me deixou morrer,
ainda não era tempo,
não me preparei,
queria errar ainda,
falar besteira,
criticar sem “rabo preso”,
dedurar o assaltante,
correr do bandido,
falar palavrão.

Queria me expressar pelo corpo,
gostaria de viver na rua,
debaixo da ponte,
ou do viaduto,
buscar meus podres,
ferir minha tristeza,
cair no “conto do vigário”.

Queria mesmo era sair por aí,
sem nenhum rumo,
sem paraquedas,
apenas com minha trouxa,
de pano velho,
cheia de nada,
com minha nudez,
sem bronze e nem sol.

Onde estivesse,
ficaria bem.
comigo mesmo,
e com mais ninguém.

Ni

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