Gilberto Wiesel*
Com o desenvolvimento tecnológico cada vez mais acelerado, cresce a preocupação com os danos à natureza e sociedade, provocados, na maior parte dos casos, pelo uso inadequado das novas tecnologias. Nessa linha, assuntos como sustentabilidade e responsabilidade social vêm ganhando mais espaço nos ambientes corporativos.
E sua empresa, desenvolve medidas nesse sentido? Se você ainda não pensou no assunto, é bom ficar atento. No final de 2010, foi lançada oficialmente, após cinco anos de debates internacionais, a ISO 26000, conhecida como a norma da responsabilidade social.
Mas será que somente ter o certificado é suficiente? Como se tornar de fato uma organização responsável socialmente e preocupada com a não-agressão ao meio ambiente? O que isso representa no desempenho das atividades de sua empresa? Antes de tudo, é fundamental criar uma ideia mais abrangente sobre o tema, deixando a teoria de lado e colocando em prática atitudes concretas. Para isso, a educação corporativa deve ser um dos primeiros passos de uma empresa que pretende estar alinhada com a responsabilidade social e a sustentabilidade. Assim, podemos apontar, como uma das medidas iniciais, a conscientização dos funcionários sobre a importância de simples ações, como desligar as tomadas dos aparelhos inativos.
Outra atitude que une o desenvolvimento econômico a baixos níveis de desperdício de recursos, por exemplo, é a diminuição da distância entre a empresa e seus fornecedores. Tal ação proporciona transportes de mercadorias e serviços com baixo gasto de combustíveis fósseis, um dos grandes responsáveis pelo efeito estufa. Além disso, medidas como essa, que aliam questões ambientais, preocupação social e crescimento econômico, garantem efeitos positivos a longo prazo, como o reconhecimento e a posição bem-sucedida no mercado.
Atualmente, os consumidores buscam empresas éticas, que estejam seriamente preocupadas com o meio ambiente e a qualidade de vida da população. É o caso, por exemplo, das novas gerações de clientes, os chamados y´s e z´s, jovens exigentes que valorizam cada vez mais organizações responsáveis, conhecedoras dos problemas sociais e comprometidas de maneira efetiva com os desafios ambientais. Por isso, compreenda as características e necessidades de seu público para elaborar de forma assertiva mudanças no funcionamento da empresa.
Além disso, segundo um estudo realizado pelos Institutos Akatu e Ethos, mais de 80% dos consumidores apontam o desenvolvimento de ações no ambiente de trabalho como um fator importante para que a empresa seja considerada socialmente responsável. Por isso, desenvolver ações inclusivas é também estar alinhada com os conceitos da responsabilidade social. Então, valorize as diferentes pessoas do corpo de funcionários de sua empresa. Promova a entrada de deficientes físicos no espaço profissional e dê a eles condições adequadas de trabalho. Assim, você garantirá o respeito de seus dois tipos de clientes, os internos, responsáveis pelo bom desempenho da organização, e os consumidores, fieis aos produtos e serviços que sua empresa oferece.
Transforme as teorias sobre responsabilidade social em medidas concretas e torne isso um diferencial do seu negócio frente à concorrência. Pense em ser socialmente responsável, reflita sobre as agressões ao meio ambiente e mantenha o desenvolvimento econômico. Mas pratique algo diferente dos outros: crie soluções efetivas nesse sentido e ganhe destaque no cenário corporativo! Divulgue menos e faça mais, por sua empresa, pelos clientes e pelo planeta!
*Gilberto Wiesel é conferencista, consultor e diretor do Grupo Wiesel.
**Publicado originalmente no site Cliente SA - http://www.clientesa.com.br/artigos/41458/o-que-faz-uma-empresa-ser-responsavel/ler.aspx.
(Envolverde/Portal do Meio Ambiente)
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