domingo, 1 de agosto de 2010

“Sou de qualquer lugar, sou de lugar nenhum”


Podem até me tachar de maluco, mas não suporto as palavras fronteira, limite, pátria e tudo que lembra essas coisas que separam gente. A única bandeira que deveria existir era a bandeira da paz. O único hino, o de amor.

A história está repleta de grandes genocídios e guerras que vem dessa idéia de separar as pessoas, povos e culturas por linhas imaginárias que se transformam em verdadeiros “muros de Berlim” a tirar o que o ser humano tem de mais importante, a liberdade e a sua natureza gregária.

Eu, por exemplo, estou decidindo não ser mais brasileiro, pois não vejo nenhuma vantagem nisso, apesar de achar esse país chamado Brasil, dos mais belos do mundo e me orgulhar muito de estar nestes rincões de meu Deus. Tenho, entretanto uma vontade imensa de conhecer outros lugares e me sentir um pedaço de tudo. Agora que a internet está aí para circularmos pelo mundo à vontade, podemos visitar virtualmente inúmeros países belíssimos com culturas milenares, outros com paisagens paradisíacas, praias maravilhosas, florestas frondosas. Sim, é isso que eu penso, quero ser do mundo, de todos os lugares, pois não vejo sentido em dividir um minúsculo planeta e gerar tantas crises desnecessárias entre seus habitantes. Veja que absurdo, um ditador cruel como o da Coréia do Norte e o Fidel Castro se escondem atrás de suas fronteiras para inflarem seus egos e poderem balbuciar seus poderes transitórios, massacrando seus habitantes como se fossem seus donos. Que besteira! Considero isso hediondo, mas infelizmente é só um pequeno exemplo.

E nós aqui no Pará, querendo separar por essas linhas bobas mais um estado da federação. Pra quê?

Quem quer separar as coisas? Quem gosta de se isolar contra a própria natureza humana? Para mim, salvo as devidas exceções, somente os maus intencionados, os que pensam em se apoderar de grupos, de povos. Se você pensa que são os políticos, se enganou, são homens mesmo, que se dizem algumas vezes políticos, profissão que lhes facilita sobremaneira seus planos arrogantes. Já se apoderaram de outros nomes ao longo da história, ditadores, coronéis, reis, até mesmo papas, aiatolás, e por aí vai.

Jesus, no seu sublime evangelho nos dá uma ótima visão dessa idéia que eu gostaria de passar nas entrelinhas. Quando em visita a uma casa e estando esta totalmente lotada, impossibilitava a passagem das pessoas e alguém lhe diz: - Mestre, sua mãe e seus irmãos estão aí fora e querem lhe falar e ele surpreendentemente responde - quem são minha mãe e meus irmãos? Meus irmãos e minha mãe são aqueles que fazem a vontade de meu Pai. O grande mensageiro não estava desdenhando sua família, mas nos dava uma lição de fraternidade universal, onde mostra seu amor por todos, sem fronteiras ou laços consangüíneos. É um luminoso exemplo que ainda não entendemos já se vão mais de 2000 anos.

Vamos ter que enfrentar outra palavra muito comum nas campanhas políticas e sinceramente é até nojento, a palavra é, “deus”, sim com “d” minúsculo, pois acredito que Deus está aí para todos, ele é o Pai, o Criador, a Inteligência Suprema, Causa Primeira de todas as coisas e é tudo isso para os bons e para os maus, pois acredito que nosso destino é a felicidade e todos temos as mesmas oportunidades na Sua Lei maior que gere esse nosso universo totalmente sem fronteiras.

Um comentário:

  1. Nilson, muito bom seu texto, alias, lindo!
    Parabéns pela visão de mundo que tens, nossos politicos deveriam no minimo ter noção do quanto as separações são prejudicias para a humanidade, tendo em vista que a partir de seu ponto de vista,todos precisamos uns dos outros. Não é a toa que todos somos irmãos em Cristo.

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