Muitas vezes a imagem é mais forte que as palavras, a poesia presta reverência, a prosa se contêm diante da beleza e fica quieta olhando.
Essas águas espelhadas,
com sua turbulência suave,
o cachorro na ponte,
a canoa ancorada,
a brisa invisível,
o ar preso, pasmo.
Até parece o "céu de Dante", que por não existir se torna mais belo.
E como será sob as águas?
imagino os peixes nadando suavemente,
uns bicando o fundo arenoso,
outros, nas águas medianas,
orgulhosos em seus cardumes.
Os predadores espreitando,
as plantas aquáticas balançando ao movimento das correntes.
O homem lá fora, às margens, se deliciando,
amando a natureza com sua harmonia gratuita.
Caboco Nirso
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