Quase 20 milhões de votos é o saldo de Marina Silva em uma eleição onde os candidatos majoritários praticamente não tocaram no principal assunto do momento, que ilumina o mundo globalizado como uma taboa de salvação crucial para a humanidade.
E o que é sustentabilidade? Porque tanta esperança gerada por esse assunto nos últimos tempos?
No triângulo da sustentabilidade, os vértices apontam para o conceito: Desenvolvimento econômico com responsabilidade social e preservação do meio ambiente, o que nos leva a idéia de que o progresso não pode comprometer a qualidade de vida e a sobrevivência das gerações futuras. Conceito muito simples, porém extremamente complexa sua aplicação prática, pois depende de fatores fundamentais da vida humana. A população atual do globo está acima de 6 bilhões de habitantes e a previsão de esgotamento das condições para geração de alimento por exemplo é de no máximo 9 bilhões, o que nos dá cerca de 30 a 50 anos como tempo crítico para atingirmos esse estado onde o planeta não terá mais como reagir. Alguns cientistas já defendem que a situação é irreversível, que não há mais com deter a degradação e extermínio da espécie humana. O grande filósofo Nietzsche disse o seguinte, “O perigo de nossa civilização. Pertencemos a uma época cuja civilização corre o perigo de ser destruída pelos meios da civilização”. Falou isso a cerca de 100 anos atrás e parece uma profecia e foi ele exatamente quem disse que Deus tinha morrido. Não acredito que esse excelente filósofo esteja certo, até porque tenho certeza absoluta da existência de Deus e não acredito em pessimismo, porém é necessário agir. A esperança deve ser construída pelas ações dos homens e não aguardar que caia do céu uma solução pronta, ou seja, outro planeta limpinho para nós sujarmos novamente.
Durante muito tempo, as pessoas administraram o planeta sem prestar atenção ao seu frágil equilíbrio. Poluímos o ar, a água, o solo. Exploramos excessivamente os recursos, como florestas, matérias-primas, energias fósseis e extinguimos muitas espécies de plantas e de animais. Finalmente estamos entendendo que esse comportamento é prejudicial para a sobrevivência do ser humano no planeta.
Desenvolvimento Sustentável, também chamado de “viável”, foi formulado pela primeira vez por ocasião da Conferência da Terra no Rio de janeiro, em 1992. O DS é uma associação obrigatória de boa gestão econômica, o progresso social e a preservação do meio ambiente. Esse “triângulo da sustentabilidade” é a base para uma nova forma de governar e traz consigo seis princípios fundamentais:
1. Princípio da precaução (não esperar o irreparável para agir);
2. Princípio da prevenção (é melhor prevenir que remediar);
3. Princípio da economia e da boa gestão (sabendo usar não vai faltar);
4. Princípio da responsabilidade (quem degrada deve recuperar);
5. Princípio da participação (todos estamos envolvidos, todos decidimos, todos somos protagonistas);
6. E princípio da solidariedade (legar um mundo viável às gerações futuras).
O Desenvolvimento Sustentável nos remete também à idéia de melhor divisão de riquezas, onde todos têm acesso a alimento, água potável e eletricidade.
No mundo de hoje em cada 4 pessoas, pelo menos 1 vive na miséria, esse número chega a cerca de 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo.
Aí está uma boa bandeira ou plataforma para votarmos nesta e nas próximas eleições.
Por Nilson Mesquita
nilsonedson@yahoo.com.br
cidadaniaesustentabilidade.blogspot.com
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