Folhas, casca da árvore e polpa do piquiá são ricas fontes de taninos, substâncias que contribuem para a defesa das plantas contra o ataque de insetos
Um fungicida à base piquiá, fruto amazônico de forte coloração e característica oleaginosa, já vem sendo testado por uma pesquisadora do curso de Biotecnologia em Recursos Naturais da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) de Parintins (a 420 quilômetros de Manaus), Paula Mara Valente.
A intenção da pesquisadora é desenvolver um fungicida capaz de realizar o controle biológico menos agressivo ao meio ambiente.
Segundo Paula Mara, as folhas, a casca da árvore e a polpa do piquiá são ricas fontes de taninos, substâncias que contribuem para a defesa das plantas contra o ataque de insetos e tem sido relacionada com inibição do crescimento de microrganismos.
Ela conta que nas últimas décadas, alternativas menos agressivas de controle de pragas agrícolas têm sido utilizadas no controle de doenças e na sustentabilidade da atividade agrícola. Pragas como o fungo Colletotrichum sp e Fusarium sp causam grandes prejuízos econômicos às culturas de hortaliças e a outras espécies agrícolas.
Segundo a pesquisadora, a diversidade de espécies vegetais na Amazônia torna importante a investigação de novas moléculas químicas capazes de serem utilizadas como controle biológico amenizando a agressão ao meio ambiente.
“O que nos falta é mais investimentos tecnológicos na região porque precisamos procurar laboratórios fora de Manaus para fazer os testes”, lamenta a mestranda.
A pesquisadora explica que, no processo de pesquisa, as folhas coletadas do piquiá foram pesadas e secas em estufa a 30°C, em seguida moídas.
Na realização dos testes, o extrato bruto das folhas foi obtido através do método de extração à quente e à frio e feita uma análise de sua atividade sobre os fungos (Colletotrichum sp e Fusarium sp) que atacam hortaliças com resultados positivos.
Fonte: A Crítica
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