domingo, 25 de julho de 2010

Ser pedra ou ser vidraça, eis a questão

O ambiente político de uma cidade, de um estado ou país, é formado por cidadãos que discutem nas ruas, nos órgãos públicos, no ambiente de trabalho, nas suas residências, como gostariam que as decisões fossem tomadas pelos nossos representantes.

Ficam esquecidos muitas vezes como agiram, como se comportaram no momento de votar. Quanta seriedade tiveram diante da urna, aquela maravilhosa caixa eletrônica, onde os dedos perambulam o que as mentes cheias de esperança manifestam.

Esse, o momento certo de ser pedra, apedrejando a corrupção, a mentira, as promessas hipócritas, a incompetência, enfim, todas as mazelas políticas que nossos ancestrais já sofreram na pele o que nós teimamos em manter, muitas vezes com o primeiro sorriso falso ou uma palavra eivada do verniz social, mas sem profundidade ética e sinceridade.

- Não gosto de política, dizem alguns. - Todo político é ladrão, gritam outros, desdenhando a arte de governar. Mas aí vem o grande filósofo Platão com sua inequívoca sabedoria e traz essa pérola: “A desgraça daqueles que se desinteressam pela Política é serem governados pelos que se interessam.”

Existem pedras das mais diversas qualidades, posso, por exemplo, ser uma pedra preciosa ou uma pedra bruta sem valor nenhum. Significa que mesmo sendo pedra posso ter também as qualidades do respeito, da ética, da justiça, da responsabilidade social, que vai me manter sempre na condição de um interlocutor cuja opinião terá o maior valor seja para um amigo ou para um adversário.

“Quem está na chuva, tem que se molhar”, essa é uma boa frase para aqueles que tomam a importante decisão de representar um grupo de pessoas para em seu nome decidir de forma responsável quais os caminhos seguir.

Tornam-se vidraça. Serão julgados pelas mais diversas “pedras”, podem, porém se fortalecer com o tempo e o grande tempero do vidro será o comportamento ético, o esforço e o desejo de acertar. A história comumente é a sua única aliada e chega às vezes tarde demais com suas verdades. Talvez estas sejam aqueles belíssimos vitrais das grandes catedrais que o tempo só aviva e embeleza suas cores e figuras maravilhosas.

Um amigo me disse outro dia, “Só haverá mudança quando a sociedade perceber que pode COMBATER A SUA MISÉRIA e todos os outros problemas sociais ATRAVÉS DO VOTO e começar a eleger melhores representantes. A eleição nos torna sócios de nossa Cidade, de nosso Estado e de nosso País e não apenas meros espectadores de um show.

Esta a diferença entre um eleitor e um simples votante, de um “politiqueiro” e um verdadeiro político. Eis a questão!

Um comentário:

  1. Pedra só combina com vidraça quando há credibilidade na relação, os dois espatifam-se no chão juntos, os dois voam juntos, um só pode agir após o incentivo do outro, e assim por diante. talvez isso possa ser chamado de liberdade de expressão.

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