terça-feira, 24 de abril de 2012

Carta da Terra lança campanha mundial


Carta da Terra

Carta da Terra Internacional está lançando a Campanha de Comunicação 2012 Carta da Terra e Rio+20 com o slogan “Veja o mundo através das lentes da Carta da Terra”.
Essa campanha conta com dois vídeos de um minuto cada um para serem transmitidos através de canais de televisão, publicidade impressa ou outros. A mesma procura sensibilizar as pessoas sobre a necessidade de ver o que normalmente nao se vê, as conexões.
Se considera que uma visão compartilhada e um marco ético comum, como a Carta da Terra, são fundamentais para poder lidar de forma adequada com os desafios do desenvolvimento sustentável, estabelecer alianças e orientar nossas decisões.
Esta campanha de comunicação de 2012 procura oferecer a visão integrada da Carta da Terra como parâmetros orientadores na abordagem da economia verde e principalmente no direcionamento de soluções mais abrangentes, já que é fundamental assegurar-nos que qualquer esforço para promover as políticas e práticas de uma economia verde sigam os princípios de integridade ecológica, justiça social e econômica, democracia, não violência e paz.


domingo, 22 de abril de 2012


Relatório do Código Florestal anistia desmatadores

Rodrigo Martins, da Carta Capital
O deputado federal Paulo Piau (PMDB-MG), relator do Código Florestal, apresentou o seu parecer na tarde desta quinta-feira (19). O texto exclui parágrafos inteiros do projeto aprovado pelo Senado em dezembro passado, sobretudo os que tratam das disposições transitórias e obrigam os infratores a recompor as áreas devastadas até julho de 2008. Se aprovado na Câmara na próxima semana, isso representaria uma anistia a todos produtores rurais que desmataram ilegalmente no Brasil, além de ameaçar a existência no meio rural das Áreas de Proteção Permanente (APPs), que protegem os mananciais e matas ciliares.
Na avaliação da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o relatório apresentado por Piau “premia os desmatadores”, na medida em que iguala os infratores a quem seguiu a lei. Um dia antes, ela afirmou a CartaCapital que seria “mais fácil encontrar uma onça pintada na Esplanada dos Ministérios do que aceitar uma anistia dessas”.
Foi uma alusão ao episódio do felino que escapou do zoológico e foi visto, dias antes, no estacionamento do Superior Tribunal de Justiça.
“O projeto do Senado prevê a troca das multas pela recuperação dos passivos ambientais. Não se trata de anistia. É o mesmo que faz a Receita com quem não recolheu o Imposto de Renda corretamente: notifica e abre a possibilidade de corrigir o erro.”
Piau insiste que o seu parecer não anistia ninguém. “Retirei esses parágrafos porque eles eram o calcanhar de Aquiles que impedia a aprovação do projeto na Câmara. Mas o texto deixa claro que, para regularizar o imóvel, o proprietário precisa ter um plano de recuperação das áreas de proteção aprovado por um técnico do Sistema Nacional de Meio Ambiente. E nenhum profissional desses aprovaria um projeto que não preservasse nenhuma faixa de mata em torno dos rios”, justifica. “Isso me parece mais razoável que Brasília fixar uma regra geral para todo o Brasil, com diversos tipos de biomas.”
(Carta Capital/Envolverde)

sexta-feira, 20 de abril de 2012


Novelas brasileiras passam imagem de país branco, critica escritora moçambicana

17/04/2012 - 15h35
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil

Brasília - "Temos medo do Brasil." Foi com um desabafo inesperado que a romancista moçambicana Paulina Chiziane chamou a atenção do público do seminário A Literatura Africana Contemporânea, que integra a programação da 1ª Bienal do Livro e da Leitura, em Brasília (DF). Ela se referia aos efeitos da presença, em Moçambique, de igrejas e templos brasileiros e de produtos culturais como as telenovelas que transmitem, na opinião dela, uma falsa imagem do país.
"Para nós, moçambicanos, a imagem do Brasil é a de um país branco ou, no máximo, mestiço. O único negro brasileiro bem-sucedido que reconhecemos como tal é o Pelé. Nas telenovelas, que são as responsáveis por definir a imagem que temos do Brasil, só vemos negros como carregadores ou como empregados domésticos. No topo [da representação social] estão os brancos. Esta é a imagem que o Brasil está vendendo ao mundo", criticou a autora, destacando que essas representações contribuem para perpetuar as desigualdades raciais e sociais existentes em seu país.
"De tanto ver nas novelas o branco mandando e o negro varrendo e carregando, o moçambicano passa a ver tal situação como aparentemente normal", sustenta Paulina, apontando para a mesma organização social em seu país.  
A presença de igrejas brasileiras em território moçambicano também tem impactos negativos na cultura do país, na avaliação da escritora. "Quando uma ou várias igrejas chegam e nos dizem que nossa maneira de crer não é correta, que a melhor crença é a que elas trazem, isso significa destruir uma identidade cultural. Não há o respeito às crenças locais. Na cultura africana, um curandeiro é não apenas o médico tradicional, mas também o detentor de parte da história e da cultura popular", detacou Paulina, criticando os governos dos dois países que permitem a intervenção dessas instituições.
Primeira mulher a publicar um livro em Moçambique, Paulina procura fugir de estereótipos em sua obra, principalmente, os que limitam a mulher ao papel de dependente, incapaz de pensar por si só, condicionada a apenas servir.
"Gosto muito dos poetas de meu país, mas nunca encontrei na literatura que os homens escrevem o perfil de uma mulher inteira. É sempre a boca, as pernas, um único aspecto. Nunca a sabedoria infinita que provém das mulheres", disse Paulina, lembrando que, até a colonização europeia, cabia às mulheres desempenhar a função narrativa e de transmitir o conhecimento.  
"Antes do colonialismo, a arte e a literatura eram femininas. Cabia às mulheres contar as histórias e, assim, socializar as crianças. Com o sistema colonial e o emprego do sistema de educação imperial, os homens passam a aprender a escrever e a contar as histórias. Por isso mesmo, ainda hoje, em Moçambique, há poucas mulheres escritoras", disse Paulina.
"Mesmo independentes [a partir de 1975], passamos a escrever a partir da educação europeia que havíamos recebido, levando os estereótipos e preconceitos que nos foram transmitidos. A sabedoria africana propriamente dita, a que é conhecida pelas mulheres, continua excluída. Isso para não dizer que mais da metade da população moçambicana não fala português e poucos são os autores que escrevem em outras línguas moçambicanas", disse Paulina.
Durante a bienal, foi relançado o livro Niketche, uma história de poligamia, de autoria da escritora moçambicana.

Agência Brasil 
Edição: Lílian Beraldo

terça-feira, 3 de abril de 2012

Rádio pirata ou políticos piratas?

Outro dia ouvi de uma rádio um alerta a ilegalidade das rádios piratas. Sem defender a pirataria, fico pensando na injustiça de vermos um grande número de concessões de veículos de comunicação nas mãos de políticos que legislaram em causa própria e trabalham para se perpetuar no poder. É só uma reflexão rápida para pensar no tempo que é necessário para encerrar esse ciclo odioso.

domingo, 1 de abril de 2012

Olhar a claridade


A imagem me lembra toda escuridão que deixamos pra traz todos dias e a claridade que temos pela frente quando avançamos com nossos ideais.