sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Vida na Praça Moura

Passo todo dia a muitos anos pela Praça Moura e sempre percebi ali a vocação para o esporte e lazer, como é na verdade uma das importantes funções de toda praça. Tanto a quadra com piso de cimento como a quadra de areia para voleibol sempre estão repletos de jogadores, na grande maioria, jovens e crianças.

Outro dia uma amiga me disse que iria também jogar vôlei na praça, voltou decepcionada, pois não conseguiu vaga dada a quantidade de pessoas na grade para entrar, ela desistiu também porque não é uma grande esportista, peladeira, fominha, etc. Nesse fato, porém percebem-se duas coisas: primeiramente, que há interesse por parte da população pelo esporte, os jovens estão aí demandando espaços públicos em busca de diversão e fugindo naturalmente da investida das drogas e outras fantasias descabidas; em segundo lugar é a falta de espaços para atender essa demanda crescente que com certeza trata-se de uma grande oportunidade de melhoria para nossa cidade.

Fiquei muito animado pela iniciativa da prefeitura em recuperar a Praça Moura, sensibilizando-se com essa vocação claramente esportiva da praça. Qualidade de vida em uma cidade passa pela liberação de áreas para brincar, onde as crianças e jovens podem se esbaldar tranquilamente como se fosse o quintal de suas próprias residências. Não são necessários grandes investimentos, o que falta é foco na alegria de viver.

A sensibilidade das autoridades para esse fato denota em minha opinião interesse pelo bem estar das pessoas. Não vivemos somente de comércio, de indústrias, de trabalho, nossa vida tem que estar associada ao prazer de viver bem, de ser feliz, de se esbaldar sem pensar, de ficar horas sentado no banco da praça falando besteira, namorando, passeando com o cachorro, em fim, perdido na vida, se encontrando e buscando sua própria paz.

Vai ter gente dizendo que o Caboco Nirso está elogiando o prefeito e isso é inadmissível, pois estou mesmo, e faço como um cidadão comum, desses que se deslumbram com as boas intenções. E quando se trata de algo feito para irradiar o ser humano, me sinto muito à vontade e feliz por essas iniciativas.

O esporte, o lazer, as crianças, os jovens, os velhinhos, a Praça Moura, esse encontro educativo e feliz talvez possa inspirar nossas autoridades a continuarem buscando no futuro todas as formas de amar de uma cidade. De que adianta a cidade enriquecer e se tornar vazia de sentimentos nobres? De que vale a luta pelo lucro se não há mais a alegria do poente por entre as árvores frondosas das praças? E os gritos das crianças que de tão agudos nos estremece de felicidade atritando com os corações? Ah! Como é bom ver o renascer da pracinha, os bancos sob as árvores, poder deitar na grama, olhar o céu azul, estar ali, sem se importar com o tempo.

O nascer e o renascer das praças em Capanema, talvez seja um bom plano para o futuro. Na verdade é o fruto dos nossos esforços por um mundo melhor, pois as praças marcam e refletem o estado de felicidade da cidade, trata-se com certeza da sua própria alma, ali estão materializados todos os sentimentos dos cidadãos.

É mais ou menos assim, onde há lindas praças há um povo feliz e valoroso.


Caboco Nirso

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