sábado, 17 de dezembro de 2011

Natal: Em busca de Jesus!

O mundo moderno tem uma grande "virtude": distorcer os sentimentos mais nobres e substituí-los por futilidades. Sinto dizer, mas o natal transformou-se para muitos em simples data comercial, onde papai Noel e troca de presentes se revezam numa angustiosa e ansiosa falta de consciência do que seja esta data.
Ando a procura de Jesus, não o acho justamente nessa época, onde situa-se a convenção cronológica de seu nascimento, não porém a realidade histórica, que perdeu-se na neblina do tempo. Mas que seja assim, simbólico, no entanto considerando-se a magnitude do seu significado.
A televisão, os outdoors nas ruas, panfletos, meios de comunicação em geral, a imprensa, em fim, praticamente toda a sociedade nem lembra que natal significa o nascimento de alguém, nesse caso a “luz do mundo”, Jesus. É notável e instigante que as principais iniciativas de decoração sejam das lojas ou associações comerciais.
Inúmeros filmes são reprisados na TV e no cinema, e quando observamos com cuidado, sempre tem a ver com compras de presentes e festa natalina, com árvore de natal, papai Noel chegando no final, deixando presentes e saindo com suas Renas rumo ao Polo Norte. Nem ao menos se vê mais o presépio, parece até conspiração, tudo onde tem Jesus fica restrito aos templos religiosos ou enfurnados nos cantinhos escondidos das casas.
Cheguei à conclusão que Jesus não é um bom vendedor, muito ao contrário de papai Noel, que parece ser o maior marqueteiro de todos os tempos, vende de tudo e em função dele as pessoas esquecem até de si mesmas, pois se Jesus nos ensina a amarmos a nós, assim como ao próximo e a Deus, esquecê-lo significa também desligar a tomada da nossa própria intimidade, aquela que também vê no outro o companheiro de lutas, seu parceiro de grandes momentos em busca do Criador.
Com tudo isso é possível ainda acreditar que a humanidade está mudando para melhor, muitas organizações governamentais e não-governamentais esmeram-se em fazer o bem cotidianamente, curando enfermos desesperados pela pobreza extrema, espalhando paz com seus discursos elevados e criando inúmeros planos para fortalecer as iniciativas pela fraternidade universal.
Podemos ter fé no futuro, pois devemos acreditar na força que impera latente ainda, no interior de cada ser humano, fruto da essência divina transmitida pelo seu próprio hálito iluminado e perfeito.
A experiência humana sairá vitoriosa, mas precisamos cuidar para que haja menos sofrimento e não sejamos enganados por equívocos das nossas próprias imperfeições.

Caboco Nirso

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