sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

A Coferência do Clima na Dinamarca – Tão longe e tão perto


A COP-15 – Conferência das Partes sobre o Clima, no período de 07 a 18/12/2009, em Copenhagen na Dinamarca nos parece algo tão distante que não nos causa preocupação. Na verdade nos deparamos aí com o velho hábito do imediatismo brasileiro que tem nos levado muitas vezes a nos surpreendermos com o futuro nas portas do presente e outras vezes vendo o bonde da história passar. No mundo globalizado de hoje, onde as informações são instantâneas, não podemos mais nos dar o direito de ficarmos ao largo vendo os acontecimentos nos engolirem. Ah! Estamos em Capanema no estado do Pará, cidade tão pequena, deixemos essas preocupações com os grandes líderes mundiais. Uma das coisas que chama a atenção é que a partir de agora cada vez mais o cidadão precisa ter não somente uma conduta local, mas também mundial, pois o comportamento, o hábito de qualquer comunidade em qualquer parte do mundo tem uma influência planetária. Lembramos que estamos em plena Amazônia, talvez o maior patrimônio ambiental do planeta Terra, a região que mais tem chamado a atenção da humanidade por tratar-se de uma das últimas fronteiras entre a biodiversidade, a vastidão do verde com seu imenso estoque de oxigênio e capacidade de absorção de Gás Carbônico e a desenfreada devastação ambiental onde o ser humano comporta-se como verdadeiro vampiro do seu próprio sangue, a natureza.
O grande dilema é que precisamos continuar o desenvolvimento econômico evitando o crescimento da fome e da pobreza, porém sem agressão do meio ambiente. Está aí justamente a idéia da sustentabilidade que se torna hoje a palavra chave para as ações de ordem econômica, sociais e ambientais, sejam internacionais, federais, estaduais ou municipais.
A lucratividade desmedida do capitalismo selvagem ainda tão evidente nas ações empresariais deve cair por terra dando lugar à sustentabilidade onde a Responsabilidade Socioambiental é o principal sustentáculo.
Uma nova economia está nascendo, onde a energia deve ser renovável, o lixo ou resíduos reciclados, o empresário deve olhar o seu entorno e colaborar com a comunidade onde sua empresa está inserida e contribuir para que o meio ambiente seja sempre protegido, o consumidor deve exigir e só comprar produtos sustentáveis.
A nossa parte, cidadãos comuns, é de participar desse processo de forma integral, protagonizando a proteção do planeta de onde estivermos, pois não há mais lugar para a alienação e mesquinharias, não é questão também de caridade ou solidariedade, agora só a unificação de ações globais pode salvar o planeta, não esquecendo que nossa pequena Capanema é parte importante e vibrante desse processo.
Lá em Copenhagen, na Dinamarca, a sociedade civil briga do lado de fora dos grandes salões de debates, pois como diz um cartaz da ONG Greenpeace, “não precisamos do discurso de grandes políticos, mas das ações dos grandes líderes”.

Nilson Mesquita

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